Oração Inicial –
pg 8
Canto –
PALAVRA DE DEUS –
Js 24, 14-15
“Agora, portanto, temam ao Senhor, servindo-o
com integridade e fidelidade. Tirem do meio de vocês os deuses, a quem seus
antepassados serviram no outro lado do rio Eufrates e no Egito. Contudo, se vocês
acham que não é bom servir ao Senhor, escolham hoje a quem vocês querem servir:
aos deuses que seus antepassados serviram no outro lado do rio Eufrates, ou aos
deuses dos amorreus, na terra dos quais
agora vocês habitam. Eu e minha família serviremos ao Senhor.”
COMENTÁRIO
BÍBLICO
Após conduzir o povo e alcançar a
conquista da terra prometida, Josué convoca o povo a um grande compromisso:
servir ao Senhor com integridade e fidelidade. Josué era líder, temente ao
Senhor e dedicado ao seu projeto. Colocou-se como exemplo, como referência para
o povo dizendo: “eu e minha família serviremos ao Senhor”. Porque vivia a
fidelidade e a confiança no Senhor na sua família é que Josué pôde exortar
outras famílias, outros grupos a esta importante e definitiva decisão: O Senhor
ou outros deus do passado? Não há meio termo! Escolham!
COMENTÁRIO
INICIAL
Permanentemente somos desafiados a fazer
opções e decisões em nossa vida. Elas garantirão a realização de um projeto de
vida que levará ou não à realização de felicidade de cada um de nós ou do grupo
que participamos.
Deixar de lado atitudes e memórias
negativas do passado e utilizando-as somente como um sofrido aprendizado para
novas atitudes, pode ser um grande recurso para viver bem o presente e a
liberdade tão desejada. Para isso, faz-se necessário fazer memória do passado,
falar de como se chegou ao estágio atual, de como a vida, a família, as
relações foram sendo construídas, reconhece-las (boas ou não tão boas) como
parte da sua vida. Perdoar e pedir perdão, reconciliar-se consigo, ou mesmo com
Deus para, a partir de então, seguir pelo mesmo caminho ou tomar novos rumos
que definirão a vida e a felicidade.
Outro recurso para construir uma vida
saudável e feliz é assumir conjuntamente, com a graça de Deus, um projeto de
vida que exige clareza e firme decisão de todos os envolvidos. Nenhum projeto
de vida feliz e livre se constrói isoladamente, somos seres relacionais. Na
família, pais e filhos podem abraçar juntos projetos de vida e felicidade.
REFLEXÃO
Dirigente (viúva/o)
– Todos os seres humanos têm um “projeto de vida”: O que eu quero? Como estou?
O que posso fazer? Um conjunto de expectativas e organizações quanto ao futuro,
um sonho, o que vai ser e como será.
O projeto de vida não é algo acabado, que
um dia se pensou e se fez para sempre, mas que se constrói durante toda a vida
da pessoa, que desenvolve e modifica-se com o passar dos anos, conforme a
pessoa cresce, a partir do seu ambiente, dos vínculos que estabelece e das
condições nas quais vive. E ainda, dos conhecimentos que adquire, das
habilidades e aptidões que descobre e desenvolve.
A pessoa humana educa e é educada
aprendendo conteúdo de valores que assumirá em sua vida, que proporcionará um
sentido para a própria vida, ou seja, uma vocação à existência.
Todos
– Cristo, oriente nosso projeto de vida,
nos infunda alegria e liberte-nos.
Leitor 1
– O projeto de vida, envolve a pessoa inteiramente, como ser único,
insubstituível e irrepetível que é. Cada pessoa tem um porquê de existir, tem
uma missão a cumprir, e constrói seu projeto a partir do que já existe, mas
atenta ao seu ser que se modifica, abrindo-se para o sentido da vida, do que
está por vir. Planeja, traça objetivos a serem alcançados, propõe metas e
etapas, e busca recursos para
realiza-las.
Todos
– O projeto de vida cristã tem uma
palavra de ordem que alimenta a esperança da qual sentimos necessidade: Jesus
Cristo.
Leitor 2
– É condição para um projeto de vida que a pessoa possa se conhecer ao longo de
sua existência, saber de sua dignidade como filho(a) de Deus para poder
visualizar nos seus sonhos e ideais suas possibilidades, fazer escolhas diante
das oportunidades que lhes são oferecidas, optar pelas alternativas que sejam
mais significativas, que correspondam mais às exigências do seu coração.
Todos
– A nova evangelização na família
impele-nos a um testemunho da fé.
Leitor 3
– Quando a família é considerada e tratada como o núcleo da sociedade, convém
lembrar de que existem metas que são construídas em comum, o que, muitas vezes,
não está na lógica difundida nos meios de comunicação.
Muitas vezes os membros da família
precisam priorizar a atenção, criar espaços para estarem juntos, conversarem,
relacionarem-se, estes momentos afirmam e renovam os valores que contrapõem com
o apelo ao individualismo proposto pela mídia em geral, mas significativos e de
suma importância para a vida humana e familiar, correspondendo mais ao sentido
da vida.
Não existem só projetos individuais, há
situações em que toda a família se une numa “empreitada de muitas mãos”, e
aquele que seria um projeto pessoal torna-se coletivo.
Todos
– Um projeto de vida autenticamente
cristão fortalece cada vez mais a relação com o Senhor Jesus Cristo, porque
apenas Nele reside a certeza para olhar o futuro e a garantia de um amor
autêntico e duradouro.
Dirigente (viúva/o)
– Na situação em que um pai resolve construir ou reformar sua casa, os filhos
podem empenhar-se em ajuda-lo, economizando ou unindo forças para levar adiante
tal objetivo.
Da mesma forma, em outro momento toda a
família pode contribuir para pagar os estudos de um filho ou mesmo para cuidar
da saúde de um dos membros.
Enfim, existem inúmeras situações nas
quais o apoio mútuo contribui mais para a realização de todos do que
simplesmente pela satisfação das necessidades de apenas uma pessoa; para isso
ser realidade, é importante o diálogo, a conversa e a apresentação da proposta
como algo que beneficiará a todos.
Todos
– O projeto de vida construído na
família e na comunidade nos orienta para a doce e confortante alegria de
evangelizar, mesmo quando parece que o anúncio é uma semente nas lágrimas (cf Sl 126,6).
Leitor 1
– Em geral, as pessoas entendem que o projeto de vida está relacionado apenas
ao trabalho e ao estudo. Como se as principais metas na vida de uma pessoa
fossem aquelas direcionadas para alcançar uma realização profissional e
intelectual. Assim, o valor e a dignidade de uma pessoa estariam limitadas à
sua capacidade de ser bem sucedida no trabalho e no estudo.
A construção do projeto de vida é um
processo dinâmico, que envolve todas as dimensões da pessoa. Este processo não
pode, portanto, ser reduzido apenas à dimensão profissional, pois a inserção no
mercado de trabalho não basta para a
realização pessoal.
As redes de relações estabelecidas no
decorrer da vida são cruciais para que a pessoa cresça, favorecendo o
desenvolvimento afetivo e social, bem como o apoio para o aperfeiçoamento de
habilidades e talentos. É claro que é um projeto de vida, e como um projeto
está suscetível ao tempo e condições para ser realizado.
Todos
– “Não temais”!: é a palavra do Senhor (cf Mt 14, 27) e do anjo (cf Mt 28, 5) que sustenta a fé dos transmissores e
educadores do Evangelho, dando-lhes força e entusiasmo. Seja também esta a
palavra dos anunciadores, que sustentam e nutrem o caminho de cada pessoa
humana para o encontro com Deus.
Leitor 2
– Na relação estreita entre família e projeto de vida se evidencia: o projeto
do casal é um eixo par ao futuro de toda a família. Obviamente a família é o
ponto de partida para consecução de um projeto de vida. Um casal que se une em
matrimônio já começa ali a construir sua família.
Todas as iniciativas que se constroem a
partir do projeto do casal repercutirão diretamente na vida futura de seus
filhos. Os passos iniciais do projeto familiar definem-se então pelos
posicionamentos do casal, desde a decisão de ter filhos ou não, de construir
uma casa para morar, de trabalhar para manter a família.
Todos
– “Não temais!” Seja a palavra da nova
evangelização na transmissão da fé aos filhos, com a qual, os pais, como
família Igreja, animados pelo Espírito Santo, proclamem aos filhos e “até aos
confins do mundo” (At 1,8) Jesus Cristo, Evangelho de Deus, para a fé
dos homens.
Leitor 3
– O projeto de vida dos pais inclui ainda a atenção às necessidades de todos os
membros do grupo familiar: afetivas, de trabalho e estudo, na vivência do amor,
de saúde, na valorização das amizades e dos vínculos com a família de origem.
No caso de filhos adolescentes e jovens,
exige-se dos pais maior abertura para o diálogo, na orientação quanto aos
relacionamentos afetivos, nas decisões relacionadas à sexualidade e às escolhas
direcionadas para o estudo e trabalho.
Os filhos, por sua vez, assimilam valores
através da posição dos pais diante da própria vida e inspiram-se nestes, como
modelos de referência.
Os pais são convidados a ajudar os filhos
na construção do projeto de vida e não impor a estes seus sonhos.
Dirigente (viúva/o)
–
Os membros da família que participam ativamente da comunidade em que estão
inseridos – como grupos religiosos, clubes, associações, dentre outros – contribuem
também para ampliar as possibilidades para o projeto de vida de seus membros,
enriquecendo e criando novas oportunidades para a realização dos seus projetos
pessoas.
Finalmente, a família quando é vista como
modelo a ser seguido, inspira seus membros a construírem um ideal de vida,
pois, a influência da família revela-se nas escolhas que cada pessoa faz,
especialmente no caso dos filhos, incentivando-os no desejo de constituir a
própria família futuramente.
O projeto de vida autêntico constrói-se na
participação do contexto familiar e comunitário, possibilitando o
desenvolvimento do senso de responsabilidade pessoal e social no exercício da
cidadania, assim colaborando, em especial com os mais pobres, para que todo o
ser humano possa ter dignidade e vida plena.
FALA DO
MAGISTÉRIO (Um(a) jovem)
Do encontro pessoal com Jesus Cristo nasce
o discípulo, e do discipulado nasce o missionário. O encontro pessoal é a
primeira etapa. Em seguida, nasce um itinerário, em cujas etapas amadurecem
pouco a pouco o compromisso com a pessoa e o projeto de Jesus Cristo, à luz do
mistério pascal. Cada etapa abre horizontes ao jovem para definir seu projeto
de vida.
O jovem aprende a escutar o chamado de
Cristo; a buscar uma vida interior de valores evangélicos; a sair do
individualismo para pensar e trabalhar com os outros; a participar de uma
comunidade eclesial concreta; a se sensibilizar, como o bom samaritano, com o
sofrimento alheio; a participar de uma pastoral orgânica com os outros; a
entender que a luta pela justiça é um elemento constitutivo da evangelização; e
a se comprometer de maneira decisiva com a missão.
Essas etapas devem levar a uma opção
vocacional, entendida como vocação de leigo ou vocação de especial consagração,
como presbítero ou religioso(a). O que sustenta a caminhada è a graça de Deus (44ª Assembleia Geral, Evangelização da
Juventude, nº 88).
MOMENTO DE
PARTILHA
1.
Sua família é referencia para outras famílias no que diz respeito à confiança e
fidelidade a Deus?
2.
Como está o diálogo entre nós (pais e filhos) quando se trata de assumir juntos
algum compromisso especialmente se este exige certas renúncias pessoais para o
benefício do todo?
3.
Qual o seu projeto de vida e de sua família?
FATO DE VIDA (Um
casal da Pastoral Familiar)
Louis (1823-1894) e Zélie
Guérin Martin (1831-1877)
A vida de Louis e Zélie Martin se
desenvolve entre os anos de 1823 e 1894. Tiveram nove filhos, entre eles
Thérése (Santa Terezinha). A família estava em Alençon, com a morte da Senhora
Martin, mudou-se para Liseaux. Louis e Zélie nasceram em uma família de
militares e tiveram vários testemunhos de fé em Deus e amor a Igreja entre os
seus familiares.
Zélie ingressa no convento das irmãs de
São Vicente de Paulo, que trabalhavam num hospital, e Louis entra no Convento
de São Bernardo para meditar e rezar, mas os dois foram desencorajados de
permanecer nesses locais pelos superiores das comunidades, que consideravam que
eles não tinham vocação para a vida consagrada. Na busca de viverem a santidade
na vida matrimonial, eles se casaram no dia 13 de julho de 1858, ele com 35
anos e ela com 27 anos de idade.
Os Martin tinham como objetivo de vida o
Céu, procurando colocar Deus em primeiro lugar em suas vidas. Ambos iam à missa
e encontram na Eucaristia sustento para a vida familiar. Pelo testemunho dos
pais, as cinco filhas aprenderam bem o caminho da Igreja e o valor das coisas
de Deus.
A vida cristã dos Martin era uma resposta
de amor, pela oração em família, pela leitura espiritual, pela prática da
generosidade e sacrifício, na aceitação da vontade de Deus e por buscar na vida
da Virgem Maria, São José e dos santos estímulos para a conquista da santidade
em família.
Um testemunho vivo de amor a Deus,
principalmente na morte de quatro filhos dentre os nove que tinham. Numerosos
exemplos Louis e Zélie também nos dão na educação das filhas, e muitos deles
Santa Terezinha recordará nos seus escritos. Zélie adoece de câncer e manifesta
nesse período um grande testemunho de confiança em Deus, escrevendo que “Deus
nos permite aquilo que podemos carregar”. Louis a acompanha com solicitude e
verdadeira fé em Deus em sua doença.
BÊNÇÃO DA
MESA
Antes da refeição
Senhor, de quem procede todo bem, nós Vos
louvamos; abençoai estes alimentos e concedei que eles nos revigorem para
melhor Vos servir na partilha dos bens. Por Cristo Ressuscitado. Amém.
Depois da refeição
Nós Vos agradecemos, Pai Santo, o alimento
que nos destes e concedei fome de justiça a quem é dado o pão de cada dia. Por
Cristo, Nosso irmão. Amém.
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