Oração Inicial –
Acolhida
A – Bendito seja Deus pela nossa família e pelo nosso
Encontro.
Neste nosso encontro de família, com o
olhar fixo na Sagrada família e de corações abertos, vamos saudar-nos com o
abraço da acolhida: a paz esteja com todos nós.
(Sugestão: vestir crianças de Sagrada Família)
MEMÓRIA
A
– Cada um conte, em forma de oração de agradecimento, como é sua família e o
que em sua casa mais se parece com a Família de Nazaré. Em seguida rezar:
Agradeço, Senhor, pela minha família, por
que ........ Obrigado, Senhor!
(A cada manifestação todos respondam: amém!)
Deus nos fala –
Jo 2, 3-5
Faltou vinho, e a mãe de Jesus lhe disse:
“Eles não têm mais vinho!” Jesus respondeu: “Mulher, que existe entre nós?
Minha hora ainda não chegou”. A mãe de Jesus
disse aos que estavam servindo: “Façam o que ele mandar.”
Refletir a
Palavra
Jesus na sua primeira revelação pública,
responde ao grito alarmado, através de Maria, daquele que o recebe e não previu
o suficiente “Não tem mais vinho”, Maria convida-nos a escutar Jesus e a
obedecer-lhe: “Fazei tudo o que Ele vos disser!”. Em Caná aprendemos da Mãe que
Deus, respeitando a liberdade humana, que manifestemos a Ele as nossas
necessidades com fervor, confiança e constância, numa atitude de total
obediência, mesmo que tudo pareça inexplicável e cheio questionamentos. Se Maria
não tivesse recomendado aos serventes que agissem de acordo com as orientações
de Jesus, os nubentes e seus convidados, talvez, não teriam tomado o melhor dos
vinhos da História, nem os Apóstolos presenciado a tão grandioso milagre e
ensinamento.
A Igreja nos
ensina
A – A confiança e obediência são dois pilares da
espiritualidade vivida na Sagrada Família de Nazaré, apresentada para as
famílias cristãs como exemplo e modelo para o caminho de santidade.
Todos
– Queremos ser como São José.
Filho
– A família de Nazaré viveu com uma família comum aos olhos de todos, quer
dizer, de uma maneira singela, humilde, pobre, trabalhadora, amante das
tradições culturais e religiosas da sua terra, profundamente religiosa e
afastada dos centros dos poderes religioso e civil.
Todos
– Queremos nos parecer com Maria.
Filha –
Um viajante que visitasse Nazaré e desconhecesse os fatos que nós conhecemos
não encontraria nenhum detalhe que distinguisse a Sagrada Família do resto das
famílias: nem na casa em que moravam, nem no modo com que vestiam, nem na
comida, nem na participação dos atos religiosos que se celebravam na sinagoga.
Talvez nem desconfiasse que ali havia algo a mais que nas outras casas de
Nazaré.
Todos
– Queremos imitar Jesus de Nazaré.
Filho
– Deus nos quis revelar que a espiritualidade verdadeira acontece no dia a dia,
lugar onde Ele nos espera para que O encontremos, amemos e realizemos seu
projeto sobre nós. O segredo da espiritualidade na Sagrada Família era ter o
Menino Jesus presente em todos os acontecimentos cotidianos, o que
possibilitava, assim, à família, viver com amor, confiança e perseverança.
Todos
– Dai-nos Senhor a graça de imitar a Sagrada Família.
Filha
– Quando noivos ainda, José confiou em Deus, quando Este lhe revelou por meio
do anjo que a gravidez de Maria era realizada por obra do Espírito Santo.
Casados, Maria e José tiveram que ouvir do
Filho que acabavam de encontrar, depois de dias de angustiosa busca, estas
palavras: “por que me buscavam? Não sabiam que devo ocupar-me das coisas de meu
Pai?” Eles não O entenderam, mas aceitaram e tentaram encontrar naquela
situação um sentido. Maria, também, não desacreditou quando viu seu filho
cravado na cruz como um criminoso, e derrotado pelos chefes do povo. Muitas
coisas não entendiam, mas Maria e José sabiam que estavam seguros nas mãos
Daqueles em quem colocaram sua confiança, pois eram pessoas de assídua oração e
contemplação.
Todos
– Abençoa, Senhor, minha família, como abençoastes a Sagrada Família.
Filho
– Os Evangelhos não dizem muito da profissão que exerceu São José: ferreiro,
carpinteiro, artesão... Por outro lado, assinalam claramente que era um
trabalhador manual e que ganhava a vida trabalhando.
Todos
– Pai de bondade, fazei de nossa casa lugar do nascimento e crescimento de
Jesus.
Filho
– Maria se dedicava, como todas as mulheres casadas, a moer e cozer o pão de
cada dia, atender os trabalhos domésticos do lar e fazer pequenos serviços aos
outros. De Jesus não dizem nada, mas deixam entender que ajudava Maria e mais
tarde, a São José nos seus trabalhos manuais, e era obediente a eles.
Todos
– Jesus, Maria e José, protegei e guardai a nossa família.
A – A espiritualidade da família de
Nazaré estava centrada na comunhão de viverem tudo por, com, e em Deus. Deus
era tudo para eles.
Filha
– A família de Nazaré inspira e motiva a espiritualidade da família cristã de
hoje, cuja vida é sempre cheia de luzes e sombras, e nessas realidades
esforça-se para encontrar a paz e a alegria por procurar ver Deus nos
acontecimentos, ainda que não consiga compreendê-los. Maria e José experimentam
nos acontecimentos a face amorosa de Deus, no seu Filho. A dúvida do “Por que
isso?” dá lugar à certeza de “O que Deus quer me dizer com isso?”
Todos
– Abençoa Senhor, minha família, Amém!
A –
A família de Nazaré viveu uma espiritualidade que favorecia fazer “o ordinário
de forma extraordinária” quer dizer, dava um sentido e razão em toda a sua vida
para santificar-se e santificar por meio dela as pessoas com que se
relacionava.
Filha
– A Sagrada Família era profundamente religiosa, espiritual, crente e
praticante. Sua espiritualidade era igual à das famílias israelitas piedosas de
sua época: rezava sempre em cada refeição, ia a cada semana escutar a leitura e
a explicação do Antigo Testamento na sinagoga; subia a Jerusalém para celebrar
as festas de Pentecostes; rezava três vezes por dia o famoso “Escuta, ó
Israel”. A grande diferença era que, em todas essas práticas, estava junto a
Jesus, o filho amado.
Todos
– Jesus, Maria e José, nossa família Vossa é.
Leitor 2
– Assim, a espiritualidade cristã na família segue o modelo de espiritualidade
da Sagrada Família: em tudo ter Jesus, seja na bênção da mesa na hora da
comida, na participação semanal na missa do domingo e na leitura da Sagrada
Escritura – práticas que continuam sendo fundamentais para que a família cristã
realize sua missa e possa assim crescer em espiritualidade e santidade,
contando sempre com as graças provenientes do batismo e da convicção do Emanuel: Deus está no nosso meio.
Prática
espiritual em casa – oração de Louvor, perdão e propósitos
– Defronte à imagem da Sagrada Família, os
participantes poderão colocar alguns álbuns de fotos de acontecimentos da sua
família: casamento, celebrações de bodas, nascimento/batizado e outros. Cada
participante, a começar pelos pais, deve escolher um acontecimento e rezar:
. Agradeço, meu Deus
....... (citar o acontecimento)
. Perdão, Senhor .... (citar o
acontecimento)
. Proponho, com a Vossa
graça ..... (citar
o propósito)
O MAGISTÉRIO
NOS ORIENTA
– Tempos de transformações são radicais por
certo nos afligem, mas também nos desafiam a discernir, na força do Espírito
Santo, os sinais dos tempos. Mudanças de época pedem um tipo específico de ação
evangelizadora , a qual, sem deixar de lado aspectos urgentes e graves da vida
humana, preocupa-se em ajudar a encontrar e estabelecer critérios, valores e
princípios. São tempos propícios para
voltar às fontes e busca dos aspectos centrais da fé. Esta é a grande
diretriz evangelizadora que neste início de século XXI, acompanha a Igreja não
colocar outro fundamento que não seja
Jesus Cristo, o mesmo ontem, hoje e sempre (Hb 13,8). A espiritualidade, a vivência da fé e do compromisso de
conversão e transformação nos orientam para a construção da caridade, da justiça,
da paz, a partir das pessoas e dos ambientes onde há divisão, desafetos,
disputas pelo poder ou por posições sociais. Este é um tempo em que, através de
“novo ardor, novos métodos e nova expressão”, respondemos missionariamente à
mudança de época com o recomeçar, a partir de Jesus Cristo.
SANTIDADE EM
FAMÍLIA
Raoul Follereau (1903-1977)
e Madeleine Boudou (1902-1991)
Raoul Follereau nasceu na França, dia 17
de Agosto de 1903, em uma rica família de industriais e morreu em 06 de
dezembro de 1977. Ele é conhecido como “Apóstolo dos Leprosos”. Estudou direito
e filosofia e, como poeta, jornalista e conferencista, era conhecido por suas
profundas convicções católicas. Em 1935, por interesse pessoal e como
correspondente especial do jornal The Nation, segue os passos do
missionário Charles de Foucauld.
Foi durante um safari na África que o
jovem e promissor Follereau entra em contato, pela primeira vez, com a terrível
realidade dos leprosos. Quando retorna à França, o nazismo estava perseguindo
os que eram antinazistas e, como tinha assumido anteriormente essa postura, é
obrigado a refugiar-se num convento de irmãs religiosas perto de Lyon, como jardineiro.
Retomando suas funções, inicia um ciclo de
palestras, pois percebeu que a realidade dos leprosos em todo o mundo era muito
maior do que a observada em Adzopé e
que essa doença nunca seria vencida enquanto milhões de pessoas estivessem
afetadas pela pobreza, exploração e guerra. Ele amplia a discussão sobre a
lepra para o que ele chama de “outros” leprosos.
Aos 15 anos encontrou, pela primeira vez,
Madeleine Boudou, com quem veio a se casar sete anos mais tarde, mulher que
sempre o acompanhou nas lutas e viagens. Ambos comprometem-se profissionalmente
com a causa dos leprosos e tornam-se politicamente participativos, como
católicos que eram. A Congregação para as Causas dos Santos concedeu a
autorização para abertura da causa de beatificação de Raoul Follereau e
Madeleine Boudou.
PARTILHAR
1. O que mais você
admira na Família de Nazaré?
2. Como o
exemplo da vida de Jesus, Maria e José na vivência familiar pode ajudar a sua
família a desenvolver mais a espiritualidade?
ORAÇÃO
– Nós Vos bendizemos, Senhor nosso Deus,
pois quisestes que o Vosso Filho feito homem participasse da família humana e
crescesse em estreita intimidade familiar, para conhecer as aflições e provar
as alegrias de uma família. Senhor, nós Vos rogamos pela nossa família, protegei-a
e guardai-a, para que ela possa comportar-se como verdadeira Igreja doméstica.
Por Cristo Jesus, nosso Bom Pastor. Amém!
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