Oração Inicial –
Acolhida
A – Iniciamos o nosso encontro acolhendo-nos uns aos
outros, desejando um abençoado encontro na paz de Nosso Senhor, renovando nosso
amor pela família, e agradecemos a Deus pela vida conjugal dos casais de nossa
Comunidade, cantando: (Oração pela Família – Pe. Zezinho)
Que
nenhuma família comece em qualquer de repente/ Que nenhuma família termine por
falta de amor/ Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente/ E que nada
no mundo separe um casal sonhador
Que
nenhuma família se abrigue debaixo da ponte/ Que ninguém interfira no lar e na
vida dos dois/ Que ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte/ Que eles
vivam do ontem, no hoje em função de um depois
Que
a família comece e termine sabendo onde vai/ E que o homem carregue nos ombros
a graça de um pai/ Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor/ E
que os filhos conheçam a força que brota do amor
Abençoa
Senhor as famílias, AMÉM!/ Abençoa Senhor, a minha também!(bis)
Que
marido e mulher tenham força de amar sem medida/ Que ninguém vá dormir sem
pedir ou sem dar seu perdão/ Que as crianças aprendam no colo o sentido da vida/
Que a família celebre a partilha do abraço e do pão
Que
marido e mulher não se traiam nem traiam seus filhos/ Que o ciúme não mate a
certeza do amor entre os dois/ Que no seu firmamento a estrela que tem maior
brilho/ Seja a firme esperança de um céu aqui mesmo e depois.
Que
a família comece e termine sabendo onde vai/ E que o homem carregue nos ombros
a graça de um pai/ Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor/ E
que os filhos conheçam a força que brota do amor
Abençoa
Senhor as famílias, AMÉM!/ Abençoa Senhor, a minha também! (bis)
Abençoa
Senhor, a minha também!
MEMÓRIA
A
– Dois casais podem dar testemunho sobre sua experiência espiritual como
casal/família. (sugestão:
um recém casado e outro com 25 anos ou mais de matrimônio)
Deus nos fala –
Tb 8, 4b-5.8
Tobias levantou-se e disse a Sara: “Levante-se
minha irmã! Vamos rezar e suplicar ao Senhor que nos conceda misericórdia e
salvação”. Então ela se levantou, e os dois começaram a rezar, pedindo que
Deus os protegesse, e os dois disseram
juntos: Amém! Amém!
Refletir a
Palavra
Tobias chamou Sara para rezar, ela
levantou-se e os dois rezaram, Ambos, com o Amém, manifestaram disposição para
iniciar a caminhada e casal que confia no Senhor que os uniu, por isso,
bendizeram a Deus por tudo o que Senhor realizou na vida deles. Apresentaram a
reta intenção de formar uma família conforme o desígnio de Deus, reconheceram a
fragilidade própria do humano suplicaram misericórdia para os dois e, ainda,
pediram uma vida longa juntos. Naquela noite de casados, eles reservaram um
tempo dos afazeres e necessidades para juntos rezarem. Assim, iniciaram uma
vida de oração em comunhão esponsal e de escuta da vontade de Deus. Eles
escolheram ter uma vida espiritual em sua família. Colocaram a vida conjugal
nas mãos do Senhor e iniciaram uma trajetória familiar segundo o querer de
Deus, através de uma caminhada espiritual. Hoje o casal Tobias e Sara tem um
rosto. O rosto dos casais da nossa comunidade paroquial.
A Igreja nos
ensina
A – O centro e síntese da espiritualidade cristã é a
pessoa de Jesus Cristo, Deus feito ser humano, por obra do Espírito Santo no
seio da Virgem Maria. Cada um de nós cristãos, somos convidados a nos unirmos a
Cristo e a Ele nos configurarmos. Porque Ele:
Leitor 1
– manifestou-nos o Pai em sua pessoa e pregação;
Leitor 2 –
deu-nos um mandamento novo de nos amarmos uns aos outros, como Ele nos amou;
Leitor 1
– ensinou-nos o caminho das bem-aventuranças: ser pobres em espírito e mansos,
tolerar as dores com paciência, ter sede de justiça, ser misericordiosos, puros
de coração, pacíficos, sofrer perseguição pela justiça;
Leitor 2
– por amor padeceu sob Pôncio Pilatos. Morreu por nós como Cordeiro inocente
que tira o pecado do mundo;
Leitor 1
– foi sepultado e ressuscitou por seu próprio poder, e por sua ressurreição nos
levou à participação na vida divina;
Leitor 2
– subiu ao Céu, de onde virá de novo, com glória, para julgar os vivos e os
mortos, cada um segundo seus méritos, e seu Reino não terá fim.
Todos
– A Ele louvor e glória para sempre.
Homens –
Jesus Cristo, verdadeiro homem e verdadeiro Deus, é o centro do universo, da
história e da vida de todos os seres humanos e nosso único Salvador. Neste
sentido, pode-se dizer que existe uma única espiritualidade cristã em diversas
formas para a pessoa batizada. No caso da família, em Cristo encontramos o
programa espiritual da família cristã como “Igreja doméstica”.
Todos
– Jesus ensina-nos a rezar como o Senhor rezou.
Mulheres
– Em consequência, não precisamos inventar um novo programa de espiritualidade
cristã. O programa e os recursos já nos são dados desde do nosso batismo. São
os de sempre, recolhidos pelo Evangelho e pela tradição viva e centrada em
Cristo.
Todos
– Jesus, ensina meus parentes e amigos rezarem como o Senhor rezou.
Homens
– O conteúdo da espiritualidade cristã não muda ao se modificarem os tempos e
as culturas, ainda que se tenha em conta as diversas formas de espiritualidade,
de acordo com as necessidades de cada época e cultura.
Todos
– Jesus, ensina os mais sofridos e pobres a rezarem como o Senhor rezou.
A –
A partir de Jesus Cristo, o casal/a família que se exercita na vida espiritual,
fazendo o que Ele fez, obtém inúmeros e preciosos recursos para fortalecer os
relacionamentos dos seus membros tais como tolerância, tempo para estar com
outro olhar de fé nos acontecimentos diários. Assim são capazes, pela graça de
Deus, de viver santamente o cotidiano das relações familiares e depois
plenamente na eternidade.
Todos
– Eu e minha família queremos rezar como Jesus rezou.
Homens
– Santidade, porque encarna e orienta a vida familiar pelo Evangelho. A prática
espiritual dos membros da família, em especial do casal, orienta e guia a forma
como vivem, como dialogam, educam os filhos, tratam as pessoas do convívio
familiar, profissional e também os desconhecidos ou os necessitados. O casal/a
família que cuida do espiritual em sua casa consegue integrar toda a trajetória
de vida voltada para Deus, para procurar, a cada dia, fazer a vontade de Deus
em suas vidas.
Todos
– Jesus, ensina a minha Comunidade Paroquial a rezar como o Senhor rezou.
Mulheres
– A espiritualidade na família faz com que todos vivam felizes e possam
enfrentar com dignidade as dificuldades da vida com segurança e com confiança
em Deus pois, pela graça do matrimônio, os membros da família reconhecem e
celebram, mais perfeitamente, a presença de Deus em cada acontecimento. Através
dos exercícios das práticas espirituais da confiança, fidelidade e amor em
Deus, nós vimos, ouvimos e experimentamos: Deus está conosco!
Todos
– Jesus, ensina os meus vizinhos a rezarem como o Senhor rezou.
Homens
– Esposa, esposo e filhos, praticantes de espiritualidade intensa pela oração
mística, contemplação e celebração, são capazes de amar sem limites, numa
reciprocidades de dons, porque são alimentados pelo amor de Deus que os
impulsiona a uma doação mútua e total. São capazes de se comprometerem um com o
outro, até os limites de suas existências, porque é na liberdade do amor que
encontram os meios para a vida de doação.
Todos
– Jesus, ensina nossos doentes a rezarem como o Senhor rezou.
Mulheres
– Outro meio da prática da espiritualidade conjugal e familiar é o diálogo
cristão, fundado no querer de Deus, em Jesus, pela força do Espírito que
compartilha sentimentos, preocupações, esperanças e a própria vivência
espiritual, em que um fala e o outro escuta. Um diálogo que leva a oração,
porque, nela, eles vão escutar a Deus e sua vontade, para conduzir suas vidas.
Todos
– Jesus, ensina nossos governantes a rezarem como o Senhor rezou.
A –
Rezar é uma das autênticas e profundas formas de espiritualidade. Por isso,
peçamos sempre Jesus, ensina-nos a rezar como o Senhor rezou (Lc 11,1). Pai Nosso ...
Prática
espiritual em casa – Diálogo Espiritual Conjugal (familiar)
A – Seria bom que o casal (membros da família) com o propósito de
oração pessoal em comunhão, pudesse ter uma conversa ao mês, buscando uma data
rotineira que favoreça um encontro, escolhendo um ambiente tranquilo e com/sem
a presença dos filhos e alguns instrumentos à disposição como: a Bíblia, o
terço, um livro espiritual e outros. O bom seria que no quarto do casal ou na
casa tenha-se um pequeno santuário, uma capelinha, e ali, no Santuário da
família, fazer a oração.
De mãos dadas, o casal (membros da família) para iniciar a
oração, invoca o Espírito Santo para auxiliá-los, deixando que o Espírito os
inspire ao diálogo espiritual, numa conversa franca, em igual oportunidade.
Esposo e esposa (membros da família) são convidados a começar o diálogo recordando
um fato de sua história, uma lembrança, um acontecimento do mês e outros, como,
por exemplo: o momento em que se conheceram; o namoro; o que os fez perceber
que queriam ficar juntos, destacar alguns desafios enfrentados pelo
casal/família naquele mês; uma memória orante.
Como uma conversa puxa outra, podem
concluir que algumas coisas precisam ser melhoradas, e daí definir alguns
propósitos para alcançarem essas melhoras necessárias a uma vida mais feliz, a
cada dia, para o casal e a família.
Para marcar os propósitos feitos, o casal (membros da família) é chamado a
escrever o que definiu como pontos a serem melhorados e guardem o papel escrito
para o próximo encontro. Para encerrar façam uma oração de agradecimento, ou
mesmo, rezem as orações tradicionais como o Pai Nosso e a Ave Maria.
O MAGISTÉRIO
NOS ORIENTA
– O primeiro âmbito da cidade dos homens,
iluminados pela fé, é a família, penso, antes de mais nada, na união estável do
homem e da mulher no matrimônio. Tal união nasce do seu amor, sinal e presença
do amor de Deus. Nasce do reconhecimento
e aceitação do bem que é a diferença sexual, em virtude da qual os cônjuges
de podem unir numa só carne (Gn 2, 24) e
são capazes de gerar uma nova vida, como manifestação da bondade do Criador, da
sua sabedoria e do seu desígnio de amor. Fundados sobre esse amor, homem e
mulher podem prometer amor mútuo com um gesto que compromete a vida inteira e
que lembra muitos traços da fé: prometer um amor que dure para sempre e possível quando se descobre um
desígnio maior que os próprios projetos, que nos sustenta e permite doar o
futuro inteiro à pessoa amada (Lumen Fidei 52). “A fé não é um refúgio para gente sem coragem, mas a dilatação da vida:
faz descobrir uma grande chamada – a vocação ao amor – e assegura que este amor
é fiável, que vale a pena entregar-se a ele, porque o seu fundamento se
encontra na fidelidade de Deus, que é mais forte do que toda a nossa fragilidade”(LF
53).
SANTIDADE EM
FAMÍLIA
Pedro Moncau Júnior (1899-1982)
e Nancy Cajado (1909-2006)
Pedro Moncau Júnior e Nancy Cajado
conheceram-se no dia 07 de setembro do ano de 1931, e casaram-se em 27 de junho
de 1936. O casal Pedro e Nancy procurou viver a sua conjugalidade na busca fiel
e verdadeira dos valores cristãos. Pedro, médico, entrou para a conferência
Vicentina e para a congregação Mariana aos 18 anos, dedicando-se no atendimento
aos pobres. Nancy, catequista, pertencia à Ação Católica. O casal teve seis
filhos, sendo que o segundo filho morreu aos 16 anos de idade. Foi um casal que
buscou na vida espiritual algo que os ajudassem na educação dos filhos e os
inspirassem a buscar Deus. Um casal que, efetivamente, procurou viver a vontade
de Deus, para eles e a sua família. Não tinham nada de especial, apenas, faziam
de sua família um constante desafio especial de santidade, pelo exercício da
espiritualidade crista. No final da década de 1940, o casal encontra, nas
Equipes de Nossa Senhora, uma espiritualidade voltada para o crescimento nas
virtudes domésticas, e meios para um crescimento espiritual juntos. A partir
dessa experiência de santidade conjugal, resolveram em contato com Pe.
Caffarel, em maio de 1950, propagar aquilo que viviam para o Brasil.
PARTILHAR
1. Você estaria disposto
com a(o) sua(seu) esposo(a) a experimentar a oração conjugal/familiar a partir,
quem sabe, de hoje, antes de dormir?
2. Seria
possível pensar numa conversa reservada, só o casal(família), num ambiente acolhedor,
para falarem de suas conquistas de casal cristão (família cristã)?
ORAÇÃO
– Trindade Santa, amar a família
significa: saber estimar os seus valores e possibilidades, promovendo-os
sempre; descobrir os perigos e os males que a ameaçam, para poder superá-los;
empenhar-se em criar um ambiente favorável ao seu desenvolvimento. Ó Deus
Trino, ajuda-nos, em meio às crescentes dificuldades, dar às nossas famílias
razões de confiança nas riquezas próprias que advêm da natureza e da graça, na
missão que Deus lhes confiou. Sagrada Família, conceda às famílias do nosso
tempo altura e seguimento fiel ao nosso amado Jesus. Amém!
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