sexta-feira, 4 de julho de 2014

2º Encontro - A PRÁTICA ESPIRITUAL DO CASAL/FAMÍLIA: COMUNHÃO E FIDELIDADE - HF 2014



Oração Inicial
Acolhida
AIniciamos o nosso encontro acolhendo-nos uns aos outros, desejando um abençoado encontro na paz de Nosso Senhor, renovando nosso amor pela família, e agradecemos a Deus pela vida conjugal dos casais de nossa Comunidade, cantando: (Oração pela Família – Pe. Zezinho)
Que nenhuma família comece em qualquer de repente/ Que nenhuma família termine por falta de amor/ Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente/ E que nada no mundo separe um casal sonhador

Que nenhuma família se abrigue debaixo da ponte/ Que ninguém interfira no lar e na vida dos dois/ Que ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte/ Que eles vivam do ontem, no hoje em função de um depois

Que a família comece e termine sabendo onde vai/ E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai/ Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor/ E que os filhos conheçam a força que brota do amor

Abençoa Senhor as famílias, AMÉM!/ Abençoa Senhor, a minha também!(bis)

Que marido e mulher tenham força de amar sem medida/ Que ninguém vá dormir sem pedir ou sem dar seu perdão/ Que as crianças aprendam no colo o sentido da vida/ Que a família celebre a partilha do abraço e do pão

Que marido e mulher não se traiam nem traiam seus filhos/ Que o ciúme não mate a certeza do amor entre os dois/ Que no seu firmamento a estrela que tem maior brilho/ Seja a firme esperança de um céu aqui mesmo e depois.

Que a família comece e termine sabendo onde vai/ E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai/ Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor/ E que os filhos conheçam a força que brota do amor

Abençoa Senhor as famílias, AMÉM!/ Abençoa Senhor, a minha também! (bis)

Abençoa Senhor, a minha também!
MEMÓRIA
A – Dois casais podem dar testemunho sobre sua experiência espiritual como casal/família. (sugestão: um recém casado e outro com 25 anos ou mais de matrimônio)
Deus nos fala – Tb 8, 4b-5.8
      Tobias levantou-se e disse a Sara: “Levante-se minha irmã! Vamos rezar e suplicar ao Senhor que nos conceda misericórdia e salvação”. Então ela se levantou, e os dois começaram a rezar, pedindo que Deus  os protegesse, e os dois disseram juntos: Amém! Amém!
Refletir a Palavra
     Tobias chamou Sara para rezar, ela levantou-se e os dois rezaram, Ambos, com o Amém, manifestaram disposição para iniciar a caminhada e casal que confia no Senhor que os uniu, por isso, bendizeram a Deus por tudo o que Senhor realizou na vida deles. Apresentaram a reta intenção de formar uma família conforme o desígnio de Deus, reconheceram a fragilidade própria do humano suplicaram misericórdia para os dois e, ainda, pediram uma vida longa juntos. Naquela noite de casados, eles reservaram um tempo dos afazeres e necessidades para juntos rezarem. Assim, iniciaram uma vida de oração em comunhão esponsal e de escuta da vontade de Deus. Eles escolheram ter uma vida espiritual em sua família. Colocaram a vida conjugal nas mãos do Senhor e iniciaram uma trajetória familiar segundo o querer de Deus, através de uma caminhada espiritual. Hoje o casal Tobias e Sara tem um rosto. O rosto dos casais da nossa comunidade paroquial.
A Igreja nos ensina
AO centro e síntese da espiritualidade cristã é a pessoa de Jesus Cristo, Deus feito ser humano, por obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria. Cada um de nós cristãos, somos convidados a nos unirmos a Cristo e a Ele nos configurarmos. Porque Ele:
Leitor 1 – manifestou-nos o Pai em sua pessoa e pregação;
Leitor 2 – deu-nos um mandamento novo de nos amarmos uns aos outros, como Ele nos amou;
Leitor 1 – ensinou-nos o caminho das bem-aventuranças: ser pobres em espírito e mansos, tolerar as dores com paciência, ter sede de justiça, ser misericordiosos, puros de coração, pacíficos, sofrer perseguição pela justiça;
Leitor 2 – por amor padeceu sob Pôncio Pilatos. Morreu por nós como Cordeiro inocente que tira o pecado do mundo;
Leitor 1 – foi sepultado e ressuscitou por seu próprio poder, e por sua ressurreição nos levou à participação na vida divina;
Leitor 2 – subiu ao Céu, de onde virá de novo, com glória, para julgar os vivos e os mortos, cada um segundo seus méritos, e seu Reino não terá fim.
Todos – A Ele louvor e glória para sempre.
Homens – Jesus Cristo, verdadeiro homem e verdadeiro Deus, é o centro do universo, da história e da vida de todos os seres humanos e nosso único Salvador. Neste sentido, pode-se dizer que existe uma única espiritualidade cristã em diversas formas para a pessoa batizada. No caso da família, em Cristo encontramos o programa espiritual da família cristã como “Igreja doméstica”.
Todos – Jesus ensina-nos a rezar como o Senhor rezou.
Mulheres – Em consequência, não precisamos inventar um novo programa de espiritualidade cristã. O programa e os recursos já nos são dados desde do nosso batismo. São os de sempre, recolhidos pelo Evangelho e pela tradição viva e centrada em Cristo.
Todos – Jesus, ensina meus parentes e amigos rezarem como o Senhor rezou.
Homens – O conteúdo da espiritualidade cristã não muda ao se modificarem os tempos e as culturas, ainda que se tenha em conta as diversas formas de espiritualidade, de acordo com as necessidades de cada época e cultura.
Todos – Jesus, ensina os mais sofridos e pobres a rezarem como o Senhor rezou.
A – A partir de Jesus Cristo, o casal/a família que se exercita na vida espiritual, fazendo o que Ele fez, obtém inúmeros e preciosos recursos para fortalecer os relacionamentos dos seus membros tais como tolerância, tempo para estar com outro olhar de fé nos acontecimentos diários. Assim são capazes, pela graça de Deus, de viver santamente o cotidiano das relações familiares e depois plenamente na eternidade.
Todos – Eu e minha família queremos rezar como Jesus rezou.
Homens – Santidade, porque encarna e orienta a vida familiar pelo Evangelho. A prática espiritual dos membros da família, em especial do casal, orienta e guia a forma como vivem, como dialogam, educam os filhos, tratam as pessoas do convívio familiar, profissional e também os desconhecidos ou os necessitados. O casal/a família que cuida do espiritual em sua casa consegue integrar toda a trajetória de vida voltada para Deus, para procurar, a cada dia, fazer a vontade de Deus em suas vidas.
Todos – Jesus, ensina a minha Comunidade Paroquial a rezar como o Senhor rezou.
Mulheres – A espiritualidade na família faz com que todos vivam felizes e possam enfrentar com dignidade as dificuldades da vida com segurança e com confiança em Deus pois, pela graça do matrimônio, os membros da família reconhecem e celebram, mais perfeitamente, a presença de Deus em cada acontecimento. Através dos exercícios das práticas espirituais da confiança, fidelidade e amor em Deus, nós vimos, ouvimos e experimentamos: Deus está conosco!
Todos – Jesus, ensina os meus vizinhos a rezarem como o Senhor rezou.
Homens – Esposa, esposo e filhos, praticantes de espiritualidade intensa pela oração mística, contemplação e celebração, são capazes de amar sem limites, numa reciprocidades de dons, porque são alimentados pelo amor de Deus que os impulsiona a uma doação mútua e total. São capazes de se comprometerem um com o outro, até os limites de suas existências, porque é na liberdade do amor que encontram os meios para a vida de doação.
Todos – Jesus, ensina nossos doentes a rezarem como o Senhor rezou.
Mulheres – Outro meio da prática da espiritualidade conjugal e familiar é o diálogo cristão, fundado no querer de Deus, em Jesus, pela força do Espírito que compartilha sentimentos, preocupações, esperanças e a própria vivência espiritual, em que um fala e o outro escuta. Um diálogo que leva a oração, porque, nela, eles vão escutar a Deus e sua vontade, para conduzir suas vidas.
Todos – Jesus, ensina nossos governantes a rezarem como o Senhor rezou.
A – Rezar é uma das autênticas e profundas formas de espiritualidade. Por isso, peçamos sempre Jesus, ensina-nos a rezar como o Senhor rezou (Lc 11,1). Pai Nosso ...
Prática espiritual em casa – Diálogo Espiritual Conjugal (familiar)
A – Seria bom que o casal (membros da família) com o propósito de oração pessoal em comunhão, pudesse ter uma conversa ao mês, buscando uma data rotineira que favoreça um encontro, escolhendo um ambiente tranquilo e com/sem a presença dos filhos e alguns instrumentos à disposição como: a Bíblia, o terço, um livro espiritual e outros. O bom seria que no quarto do casal ou na casa tenha-se um pequeno santuário, uma capelinha, e ali, no Santuário da família, fazer a oração.
     De mãos dadas, o casal (membros da família) para iniciar a oração, invoca o Espírito Santo para auxiliá-los, deixando que o Espírito os inspire ao diálogo espiritual, numa conversa franca, em igual oportunidade.
     Esposo e esposa (membros da família) são convidados a começar o diálogo recordando um fato de sua história, uma lembrança, um acontecimento do mês e outros, como, por exemplo: o momento em que se conheceram; o namoro; o que os fez perceber que queriam ficar juntos, destacar alguns desafios enfrentados pelo casal/família naquele mês; uma memória orante.
     Como uma conversa puxa outra, podem concluir que algumas coisas precisam ser melhoradas, e daí definir alguns propósitos para alcançarem essas melhoras necessárias a uma vida mais feliz, a cada dia, para o casal e a família.
     Para marcar os propósitos feitos, o casal (membros da família) é chamado a escrever o que definiu como pontos a serem melhorados e guardem o papel escrito para o próximo encontro. Para encerrar façam uma oração de agradecimento, ou mesmo, rezem as orações tradicionais como o Pai Nosso e a Ave Maria.
O MAGISTÉRIO NOS ORIENTA
     O primeiro âmbito da cidade dos homens, iluminados pela fé, é a família, penso, antes de mais nada, na união estável do homem e da mulher no matrimônio. Tal união nasce do seu amor, sinal e presença do amor de Deus. Nasce do reconhecimento e aceitação do bem que é a diferença sexual, em virtude da qual os cônjuges de  podem unir numa só carne (Gn 2, 24) e são capazes de gerar uma nova vida, como manifestação da bondade do Criador, da sua sabedoria e do seu desígnio de amor. Fundados sobre esse amor, homem e mulher podem prometer amor mútuo com um gesto que compromete a vida inteira e que lembra muitos traços da fé: prometer um amor que dure para sempre e possível quando se descobre um desígnio maior que os próprios projetos, que nos sustenta e permite doar o futuro inteiro à pessoa amada (Lumen Fidei 52). “A fé não é um refúgio para gente sem coragem, mas a dilatação da vida: faz descobrir uma grande chamada – a vocação ao amor – e assegura que este amor é fiável, que vale a pena entregar-se a ele, porque o seu fundamento se encontra na fidelidade de Deus, que é mais forte do que toda a nossa fragilidade”(LF 53).
SANTIDADE EM FAMÍLIA
Pedro Moncau Júnior (1899-1982) e Nancy Cajado (1909-2006)
     Pedro Moncau Júnior e Nancy Cajado conheceram-se no dia 07 de setembro do ano de 1931, e casaram-se em 27 de junho de 1936. O casal Pedro e Nancy procurou viver a sua conjugalidade na busca fiel e verdadeira dos valores cristãos. Pedro, médico, entrou para a conferência Vicentina e para a congregação Mariana aos 18 anos, dedicando-se no atendimento aos pobres. Nancy, catequista, pertencia à Ação Católica. O casal teve seis filhos, sendo que o segundo filho morreu aos 16 anos de idade. Foi um casal que buscou na vida espiritual algo que os ajudassem na educação dos filhos e os inspirassem a buscar Deus. Um casal que, efetivamente, procurou viver a vontade de Deus, para eles e a sua família. Não tinham nada de especial, apenas, faziam de sua família um constante desafio especial de santidade, pelo exercício da espiritualidade crista. No final da década de 1940, o casal encontra, nas Equipes de Nossa Senhora, uma espiritualidade voltada para o crescimento nas virtudes domésticas, e meios para um crescimento espiritual juntos. A partir dessa experiência de santidade conjugal, resolveram em contato com Pe. Caffarel, em maio de 1950, propagar aquilo que viviam para o Brasil.
PARTILHAR
     1. Você estaria disposto com a(o) sua(seu) esposo(a) a experimentar a oração conjugal/familiar a partir, quem sabe, de hoje, antes de dormir?
     2. Seria possível pensar numa conversa reservada, só o casal(família), num ambiente acolhedor, para falarem de suas conquistas de casal cristão (família cristã)?
ORAÇÃO
Trindade Santa, amar a família significa: saber estimar os seus valores e possibilidades, promovendo-os sempre; descobrir os perigos e os males que a ameaçam, para poder superá-los; empenhar-se em criar um ambiente favorável ao seu desenvolvimento. Ó Deus Trino, ajuda-nos, em meio às crescentes dificuldades, dar às nossas famílias razões de confiança nas riquezas próprias que advêm da natureza e da graça, na missão que Deus lhes confiou. Sagrada Família, conceda às famílias do nosso tempo altura e seguimento fiel ao nosso amado Jesus. Amém!

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