Oração Inicial –
Canto – Olhando a Sagrada Família, Jesus, Maria e José,/
saibamos fazer a partilha dos gestos de amor e de fé.
Maria, mãe santa e esposa exemplar;/ José, pai zeloso voltado a seu lar;/ Jesus,
filho amado em missão de salvar;/ caminhos distintos, num só caminhar.
Maria do sim e do amor doação;/ José, operário a
serviço do pão;/ Jesus ocupado com sua missão;/ três vidas distintas, num só
coração.
Se todas as mães, em Maria, se acharem;/ e todos os
pais, em José se espelharem;/ se todos os filhos, em Cristo se olharem,/ serão
mais família, quanto mais se amarem.
Acolhida
A – Sejam bem-vindos ao nosso 1º encontro de família.
Podemos nos apresentar dizendo alguns dados pessoais e familiares. (nome, família,
onde mora, por que veio ao encontro, o que espera desse momento...)
- A
cada apresentação vamos cantar (rezar): Seja bem-vindo(a), bem-vindo(a) seja!
MEMÓRIA
A
– Cada membro da família ou do grupo poderá levar a sua Bíblia e contar para as
outras pessoas como faz uso dela em sua casa, e com qual personagem bíblico se
identifica mais. (depois que todos falarem, rezar: Glória ao Pai e ao Filho e
ao Espírito Santo...)
Deus nos fala –
Jo 2, 1-2
No terceiro dia, houve uma festa de
casamento em Caná da Galileia, e a mãe de Jesus estava lá. Jesus também tinha
sido convidado para essa festa de casamento, junto com seus discípulos.
Refletir a
Palavra
Nesse trecho do evangelho está prefigurada
a família cristã, assistida por Cristo, através da intercessão de Maria, na
presença dos apóstolos. As Bodas de Caná expressa o desígnio de Deus, agora
plenificada, sobre a família já presente em toda a história do povo de Deus. O
centro das Bodas de Caná é Jesus, o convidado. O Esposo nupcial vem
pessoalmente ao encontro e perpetua sua presença na celebração de cada
matrimônio, multiplica a alegria e revela uma nova aliança de amor. É,
precisamente, a verdade escondida e preciosa do sacramento: não um simples
rito, uma bela cerimônia, uma bênção qualquer, mas sim um encontro vivo de
pessoas. O sacramento tem um nome e um rosto: o nome e o rosto de Jesus, Esposo
da sua Igreja.
A Igreja nos
ensina
A – Neste ano de 2014 através da espiritualidade cristã
na família damos continuidade aos nossos propósitos de evangelizar, em especial
na Semana Nacional da Família, centrados em anunciar e evidenciar a família
como lugar privilegiado e adequado para o ser humano ser feliz.
Leitor 1
– Como vimos no de 2013, a família é o espaço propício para que os pais
desempenhem a tarefa própria, insubstituível e irrenunciável da transmissão e
educação da fé aos filhos. Tarefa essa que se expressa de maneira fecunda e
própria, quando existe na família a prática da espiritualidade cristã, que é o
esforço diário de unir a vida e a fé, e de procurar estar sempre na presença de
Deus “como dom e dever sacerdotal”. Comunhão entre o que creio, o que vivo e o
que celebro.
Todos
– Senhor nosso, como é poderoso o Teu nome em toda a terra! Exaltaste a Tua
majestade acima do céu. (Sl 8,2)
Pai
– A espiritualidade cristã não começou conosco. Ela tem uma raiz, um a
linguagem autêntica; experiências vivas e dinâmicas de Deus, realizadas por
pessoas concretas que buscaram viver a Palavra na história, num tempo e cultura
bem precisos. Somos herdeiros da espiritualidade do povo da Bíblia que tinha a
convicção de que Deus estava com ele nos diversos acontecimentos da sua
história.
Todos
– Da boca de crianças e bebês tiraste um louvor contra os Teus adversários,
para reprimir o inimigo. (Sl 8,3)
Pai
– No Antigo Testamento, o povo de Israel fazia experiência da espiritualidade
na família, através da comunhão entre si na presença e escuta do Deus que o
orientava, conduzia e acompanhava em todos os acontecimentos: trabalho,
colheitas, conquistas, exílio, lutas, decepções e alegrias.
Todos
– O que somos nós, para Te lembrares de nós? O ser humano, para que o visites?
(Sl 8,5)
Mãe
– Assim foi com a família de Abraão, que obedeceu a ordem de partir para uma
terra que devia receber como herança, e partiu, sem saber para onde ia. Foi
pela obediência que eles residiram como estrangeiros na terra prometida,
fidedignos ao Autor da promessa. (Hb 11, 1-2. 8-12)
Todos
– Tu nos fizeste pouco menos do que um deus, e nos coroaste de glória e
esplendor. (Sl 8,6)
Pai –
Foi pela intercessão de Moisés que o povo foi salvo do poder do faraó, como foi
através de José do Egito, de Rute, de Ester e de tantas outras famílias
bíblicas que, pela confiança e intimidade com Deus, nos deixaram uma herança
espiritual. Eles nos ensinaram a “ler” nas realidades cotidianas os grandes
sinais da presença do Senhor Deus.
Todos
– Tu nos fizeste reinar sobre as obras de Tuas mãos, e sob os nossos pés tudo
colocaste. (Sl 8,7)
Mãe
– Pelos salmos, escola de oração, e outros livros de linguagem poética, o povo
de Deus encarregou-se de proclamar e cantar as maravilhas Daquele que os
libertou e fez com eles uma aliança de amor, em meio aos sofrimentos e
alegrias. Assim, as angústias, arrependimentos e súplicas, denúncias e
protestos, gratidão, louvores e esperanças do povo, tornaram-se matérias–prima
de espiritualidade.
Todos
– Senhor nosso, como é poderoso o Teu nome em toda a terra! (Sl 8,10)
Pais
– Mas é no Novo Testamento de maneira plena e perfeita que a espiritualidade
tem sentido e razão. Pois a espiritualidade cristã não se limita a escuta e
obediência a Deus, mas assume o caráter de encarnação.
Todos
– Louvem ao Senhor, nações todas, e o glorifiquem todos os povos! (Sl 117,1)
Pai
– Encarnar o Evangelho de Jesus Cristo na nossa realidade familiar cotidiana é
a garantia de que estamos no rumo certo em termos de espiritualidade. A
Encarnação de Jesus, de fato, e o modelo de espiritualidade que permite à
família ser Igreja doméstica, lugar do encontro e da relação entre Deus e os
filhos amados.
Todos
– Pois o Teu amor por nós é firme, e tua fidelidade é para sempre! Aleluia! (Sl 117,2)
Mãe –
A espiritualidade cristã é um caminho estreitamente ligado à vida concreta, em
especial aos desafios que vive o povo brasileiro, onde o fiel evangelizador é
chamado a viver a cada dia a espiritualidade cristã, e a deixar-se conduzir
pelo mesmo Espírito que animou Jesus e O levou a encarnar-se na realidade
humana e a assumir o risco da história.
A –
A espiritualidade cristã, como a fé cristã, fundadas na Trindade, nasce e
cresce, sobretudo, mediante o encontro com a Palavra na escuta e leitura do
Evangelho, pela participação na vida da Igreja, sobretudo na Eucaristia
dominical, pela relação pessoal e íntima com Jesus, como na oração pessoal, no
lar e na comunidade, e, por consequências, no fraterno serviço aos pobres e
necessitados.
Prática
espiritual em casa – Leitura orante
- Para a leitura orante da Bíblia, o
casal/a família deve criar um ambiente acolhedor e silencioso, e depois
escolher um texto bíblico. (trecho do Evangelho, sugerido pela Liturgia diária, por
exemplo)
. Ler lentamente e
atentamente o texto escolhido;
. Reler o texto procurando
entender o que ele “diz” em si;
. Tentar relembrar o
que o texto “falou” e o que quer “falar” ao casal/família. E o que Deus quer
lhes dizer?
. Permanecer alguns
minutos em oração silenciosa, procurando responder ao que Deus “falou” para os
dois/a família. E, depois todos podem fazer propostas de assumir na vida a
Palavra meditada.
O MAGISTÉRIO
NOS ORIENTA
– A beleza da mensagem bíblica sobre a família
tem a sua raiz na criação do homem e da mulher, ambos criados à imagem e
semelhança de Deus (Gn 1, 24-31; 2,
4b-25). Ligados por um vínculo sacramental indissolúvel, os esposos vivem a beleza do amor, da
paternidade, da maternidade e da dignidade suprema de participar deste modo na
obra criadora de Deus. No dom do fruto da sua união, eles assumem a responsabilidade
do crescimento e da educação de outras pessoas, para o futuro do gênero humano.
Através da procriação, o homem e a mulher realizam, na fé, a vocação de ser
colaboradores de Deus na preservação da criação e no desenvolvimento da família
humana.
O beato João Paulo II comentou este
aspecto na Familiaris Consortio:
“Deus criou o homem à sua imagem e semelhança” (Gn 1, 26s): chamando-o à
existência por amor, chamou-o ao mesmo tempo ao amor. Deus é amor (1Jo 4,8) e vive em si mesmo um mistério
de comunhão pessoal de amor. Criando-o à sua imagem e conservando-o
continuamente no ser, Deus inscreve na humanidade do homem e da mulher a
vocação e, assim, a capacidade e a responsabilidade do amor e da comunhão (Gaudim et Spes 12). O amor é, portanto,
a fundamental e originária vocação de cada ser humano (FC 11)
SANTIDADE EM
FAMÍLIA
Karol Wojtyla
(1879-1941) e Emilia Kaczorowska (1884-1929): pais de Santo João Paulo II
Karol Wojtyla nasceu em 1879. Era
alfaiate, mas a partir de 1900 passou a servir como suboficial do exército
austríaco, como tenente polonês. Entretanto, por motivo de saúde, precisou
aposentar-se precocemente. Ele era um homem “honesto, leal, educado, modesto,
reto, responsável generoso e infatigável”. Era também um eloquente orador.
Emilia Kaczorowska nasceu em 26 de março
de 1884. Sei pai era seleiro e sua mãe era dona de casa. Tinha oito irmãos. A
família mudou-se para Cracóvia, quando Emília era ainda pequena e estava com a
saúde debilitada. Com tenra idade, Emília perdeu quatro irmãos e também seus
pais. Passou a morar com as irmãs da Misericórdia e lá fez o ensino elementar.
Como precisava ganhar a vida, passou a trabalhar como costureira. Tinha uma
saúde frágil, mas era muito bonita.
Os dois jovens conheceram-se na Igreja de
Cracóvia, onde frequentavam, e nesse ambiente iniciaram o namoro. Casaram-se em
10 de fevereiro de 1904, e mudaram-se para Wadovice. A vida do casal Wojtyla em
Wadocive era serena. O salário de Karol não era muito, mas o suficiente para
viverem. Com o trabalho de costureira Emília contribuía com as despesas da
casa. Ela era boa administradora doméstica e gostava de se vestir bem, assim
como a seus filhos.
Em agosto de 1906, Emília deu à luz um
menino, que se chamou Edmundo. Ele acarretou grande fragilidade à saúde, pelos
outros partos que já tivera antes. Os médicos, por perigo de morte,
aconselharam-na a não ter mais filhos. Contudo em 1914, Emília ficou grávida
novamente. A gravidez era de risco e nasceu uma menina, que se chamou Olga e
viveu poucas horas. A dificuldade na gravidez e a perda da menina marcaram
Emília, tanto fisicamente como psicologicamente, tornando-a uma mulher que
sofria muito, tanto nas costas (espinha dorsal), o que a impossibilitava de manter-se
em pé, bem como pelas imprevistas tonturas, que a faziam perder a consciência.
Quando estava em crise devia permanecer na
cama por mais de cinco dias, e muitas vezes era transportada para Cracóvia para
ser medicada, deixando ao marido as tarefas domésticas. Os médicos diziam que
ela tinha os rins comprometidos e o coração doente. Por isso deveria ter uma
vida mais de repouso, sem muitas atividades e não devia pensar em outra
gravidez. Mas ao fim de 1919, com 35 anos, ela ficou grávida de um menino.
Os médicos consideraram a gravidez de alto
risco para ela e para a criança. Deveria abortar. Mas Emília era uma mulher de
fé e com grande simplicidade apegou-se a Deus, disposta a morrer pela criança.
Os nove meses de gestação complicaram a saúde de Emília. O parto, no dia 18 de
maio de 1920 foi extremamente difícil. O menino, porém, nasceu com saúde, e o
pai lhe deu o nome de Karol. A partir do nascimento do menino Karol, a saúde de
Emília ficou cada vez mais precária, e ela cada vez menos permanecia em pé.
Sacrificava-se em silêncio com os afazeres domésticos e os cuidados com os
filhos. No inverno de 1928, as condições de saúde de Emília agravaram-se, o
pequeno Karol, com oito anos, começou apresentar terror em perder a mãe. No dia
13 de abril de 1929, na escola, sente que algo aconteceu de grave com a mãe e
começar a chorar. De fato, a senhora Emília tinha morrido, depois de enviar o
filho a escola.
PARTILHAR
1. Quais são as práticas
de espiritualidade na sua família, que mais parecem com as de Jesus Cristo?
2. A
espiritualidade cristã desenvolve-se pela mística, oração, celebração e amor
fraterno. O que poderia ser mais exercitado na sua família?
ORAÇÃO
– Senhor, que nenhuma família comece em
qualquer de repente. Que nenhuma família termine por falta de amor. Que o casal
seja um para o outro de corpo e de mente. E que nada no mundo separe um casal
sonhador! Abençoa Senhor a família, Amém! Abençoa, Senhor, a minha também!
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