5º
Encontro – Discípulos e agentes de
libertação “Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas são incapazes de
matar a alma” (Mt 10,28)
1.
Objetivo do encontro
– Despertar em cada um a consciência e a responsabilidade cristã de defender a
vida, combater e denunciar a escravidão, a injustiça e a opressão humana.
2.
Preparação do ambiente –
Colocar em uma mesa uma toalha branca, uma vela, a imagem de Jesus crucificado
e a de Nossa Senhora Aparecida e a Bíblia.
Animador
– Queridos irmãos e irmãs, reunidos já durante quatro semanas, refletimos sobre
a CF deste ano, que tem como tema: “Fraternidade e Tráfico Humano” e por lema:
“É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1). Vamos, neste encontro, pedir ao Deus da vida que nos
torne conscientes e responsáveis na defesa da vida humana. Iniciemos nossa oração
cantando.
Canto
inicial –
A – Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!
Oração
(Todos) – Senhor Deus da vida e da justiça, nós,
vossos filhos e filhas reunidos, vos suplicamos vosso Espírito de liberdade,
para que, unidos ao Cristo libertador, sejamos cristãos livres do medo da morte
e do pecado, construtores de uma sociedade mais justa e fraterna. Por Cristo,
nosso Senhor. Amém!
A – Vimos nos últimos encontros que o tema da Campanha deste ano é um apelo para que
nossa sociedade se conscientize, previna e denuncie as violentas atitudes de
sequestro, de tráfico de pessoas sejam adultos ou crianças, de trabalho escravo
e de exploração sexual, bem como a venda pecaminosa de órgãos humanos. Mas,
também, a Igreja nos convida a trabalharmos pela reinserção social de pessoas
que são vítimas desses atos e pela criação, pelos governos, de políticas, leis
e seguranças para o enfrentamento ao tráfico humano.
L 1 -
O texto base da CF nos apresenta a mensagem de Jesus como sendo essencialmente
uma mensagem de libertação (Lc 4, 16-21). Todo cristão é ungido no
Batismo, pelo Espírito do Senhor, para ser um libertador, como Jesus.
L 2 -
Todo cristão é ungido para proclamar a
liberdade e colocar-se em defesa da dignidade humana, ou seja, ser também uma
boa notícia para todas as pessoas que padecem da escravidão e do tráfico
humano.
L 3 -
O tráfico humano é um grito elevado ao céu! O
Beato João Paulo II dizia ao povo da Sardenha, que sofre com a máfia que mata e
explora as pessoas, que “Deus não deixará impune as pessoas que com coração
cheio de maldade e obstinação causam tais sofrimentos: virá o dia do julgamento
de Deus”.
L 1 -
A Lei de Cristo (Gl 6,2), que está escrita na mente e no coração do homem e da
mulher (Hb 8,10), move os discípulos
de Jesus a tomar decisões firmes a favor
da liberdade e da dignidade humana. Se formos discípulos e discípulas de
Jesus, temos de ser libertadores!
T – Nas pastorais e movimentos de
nossas comunidades, no nosso trabalho e escola, nas nossas famílias e na
sociedade em geral, precisamos lutar contra o mal, contra a miséria e a
pobreza, contra a fome e a morte de tantos seres humanos criados pela bondade
de nosso Deus!
3. Iluminação bíblica
Canto
de acolhida da Palavra de Deus
Leitura
da Palavra – Mt 24,3-14
L 1 -
Seguir Jesus é deixar ser conduzido pelo
Espírito Santo de Deus. Ser conduzido pelo Espírito de Deus é agir como Jesus
agiu: amou os doentes, acolheu os pecadores, serviu aos mais pobres, denunciou
e enfrentou a ganância das pessoas, das autoridades e condenou a cobiça pelo
dinheiro (Mt 6,24).
L 2 -
A tradição da Igreja chama o Espírito Santo de
“Pai dos Pobres”. Por isso, o cristão e a cristã que agem e vivem no Espírito
Santo sentem uma profunda compaixão para com os pobres e oprimidos, com os que sofrem
violência e injustiça. É Ele quem faz do discípulo um agente de libertação para
o mundo.
L 3 -
Olhando para esta imagem de Jesus crucificado,
lembremo-nos de suas palavras: “No mundo tereis muitas aflições. Mas tende coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16,33). Ninguém jamais sinta medo de
denunciar a injustiça, qualquer que seja ela, pois importa para o cristão viver
sem medo da morte, já que foi libertado pela ressurreição de Cristo.
T – Que possamos firmar sempre o nosso
compromisso de sermos agentes de libertação, vencendo todo preconceito,
preguiça e medo. Ó, Deus Libertador, ajuda-nos sempre nesta missão, a fim de
que vossa Igreja seja luz do mundo e sacramento de salvação.
4. Pistas para a reflexão
a)
Jesus nos diz que “o amor de muitos
esfriará”. Os grandes problemas da sociedade hoje, como o tráfico de pessoas e
a injustiça, não são a falta de um amor ao próximo, como amou Jesus?
b)
Somos chamados a ser Igreja, o que
significa lutarmos para construir o Reino de Deus, onde não haja mais fome e
ninguém fique só e nem triste. Como temos trabalhado em nossa comunidade para
isso aconteça?
(Tempo para a reflexão do
grupo. Logo a seguir, as preces)
A – Depois de termos refletido sobre a Palavra de Deus
e de ter crescido no ensinamento do Senhor, vamos fazer as nossas preces,
confiantes na bondade de Deus, que vela por todos nós.
L 1 -
Para
que todo cristão e cristã descubram que o amor de Deus é mais forte
que a morte e lute pela dignidade da vida do próximo. Rezemos ao Senhor.
T –
Cristo, fazei-nos discípulos da
libertação!
L 2 -
Para que nossa Igreja seja construtora do
Reino de Deus, agindo sem medo pela libertação dos oprimidos. Rezemos ao
Senhor.
T –
Cristo, fazei-nos discípulos da
libertação!
L 3 -
Para que cada um de nós, que ouvimos a Palavra de Deus, ajudados pelo Espírito Santo, “Pai dos
pobres”, possamos nos converter de nossos pecados, do nosso egoísmo e pelas
vezes que nos acomodamos ao invés de lutar pela vida dos pobres e oprimidos.
Rezemos ao Senhor.
T –
Cristo, fazei-nos discípulos da
libertação!
(Preces espontâneas)
T – Pai nosso que
estás ...
L 1 - Nossa Senhora é a Mãe do Libertador. Em sua imagem negra de Aparecida ela nos mostra que Deus ama a todos e que não quer ver ninguém
escravizado ou humilhado por outro. Confiantes na intercessão e na presença
amorosa dela, rezemos “Ave Maria cheia de ...”
A – Depois desses momentos ricos de partilha
e crescimento, vamos encerrar nossos encontros de oração, de partilha e
vida, rezando juntos a oração da CF
2014.
A – No Brasil, existem os chamados “disque-denúncias”,
números de telefones pelos quais se pode denunciar crimes e abusos às leis, sem
que seja necessária a identificação da pessoa
que liga. Devemos informar-nos desses números e, sem medo, ser capazes
de denunciar seriamente as injustiças, onde quer que as vejamos. Que o Senhor
nos dê a graça de sermos discípulos da libertação no enfrentamento ao tráfico
humano. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!
Canto
final: Hino da CF 2014.