Oração Inicial –
pg 8
Canto – Olhando a Sagrada
Família
Olhando a
Sagrada Família, Jesus, Maria e José,/ saibamos fazer a partilha dos gestos de
amor e de fé.
1 - Maria, mãe
santa e esposa exemplar;/ José, pai zeloso voltado a seu lar;/ Jesus, filho
amado em missão de salvar;/ caminhos distintos, num só caminhar.
2 - Maria do
sim e do amor doação;/ José, operário a serviço do pão;/ Jesus ocupado com sua
missão;/ três vidas distintas, num só coração.
3 - Se todas as mães, em Maria, se acharem;/ e todos os
pais, em José se espelharem;/ se todos os filhos, em Cristo se olharem,/ serão
mais família, quanto mais se amarem.
Palavra de Deus –
Gn 1, 26-28
Deus disse: “Façamos o ser humano à nossa
imagem e segundo a nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, as
aves do céu, os animais domésticos, todos os animais selvagens e todos os
animais que se movem pelo chão”. Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem
de Deus o criou. Homem e mulher Ele os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: “Sede
fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! Dominai sobre os
peixes do mar, as aves do céu e todos os animais que se movem pelo chão”.
COMENTÁRIO
BÍBLICO
Como cristãos acreditamos que o mundo em
que habitamos é resultado da ação criadora e amorosa de Deus. Deus é o criador
e mantenedor da criação. Os seres humanos – homem e mulher – são criaturas
junto com os demais elementos da criação. Todos os seres criados têm dignidade
própria.
Ao
homem e à mulher Deus conferiu uma dignidade especial: a de sua imagem e
semelhança, que constitui a base de toda antropologia cristã; ser imagem e
semelhança de Deus comporta um existir em relação, em referência ao outro eu,
porque de fato o ser humano não foi feito para estar sozinho (cf. Mulieris
Dignitatis – MD 6 e 7).
Após ter criado o ser humano, Deus oferta
a ele toda sua criação para que esta a sujeite e domine, para cuidar, para
zelar de tudo o que Ele criou. O Criador nos deu capacidade e liberdade para
escolher o caminho que queremos seguir: capacidade de amar, de conhecer,
analisar, gerar e transformar. E aí estaria, talvez, uma das mais verdadeiras
tarefas criadoras do ser humano: ser co-criador com Deus, principalmente em
promover e defender a vida, cuidando da natureza e não apenas usufruindo dela
ao seu bel prazer.
REFLEXÃO
Dirigente (Mãe)
– O principal desafio para o qual a família de hoje deve enfrentar na educação
cristã dos seus filhos não está na questão da dimensão religiosa, mas na
antropológica, ou seja, a maneira, a visão, a concepção e compreensão de quem é
o ser humano: Pois existe uma ditadura do relativismo segundo o qual não existe
uma verdade única, objetiva, geral para todos sobre quem é o ser humano e, por
conseguinte, tampouco sobre o matrimônio e sobre a família. Essa visão
relativista evidencia o individualismo, em que cada um faz o que quer e como
quiser. Cada um pra si e Deus para ninguém.
Leitor 1
– O relativismo e o individualismo afirmam também que não existe um Deus comum
a todos, cada um cria e se relaciona com seu próprio “Deus”. E tampouco existem
verdade única, normas éticas e valores permanentes. Cada um deve acreditar e
fazer no que é melhor para si, mesmo na construção da sua própria felicidade.
Eu sou a minha própria verdade e caminho.
Todos
– Eu creio em Deus Pai e Filho e
Espírito Santo.
Leitor 2
– Os juízos sobre os valores morais, quer dizer, sobre o que é bom ou mau e,
por isso, sobre o que se deve fazer ou omitir, não podem ser determinados
segundo a escolha individual. O ser humano, no mais profundo da sua
consciência, descobre a presença de uma lei que ele não ditou a si mesmo, mas
que deve obedecer. Esta lei foi escrita por Deus ao seu coração, de modo que,
além de aperfeiçoar e realizar-se nela como pessoa, ela sabe que será de acordo
com esta lei que Deus o julgará pessoalmente.
Todos
– Eu creio em Deus Pai e Filho e
Espírito Santo.
Leitor 3
– Diante da realidade relativista, a família tem hoje a inevitável tarefa de
transmitir aos seus filhos a verdade sobre quem é a pessoa humana e como esta
pode obter a satisfação de suas necessidades. Como já ocorreu nos primeiros
séculos da era Cristã, hoje é de capital importância conhecer e compreender a
primeira página do Gênesis: existe um Deus pessoal e bom, que criou à sua
imagem e semelhança o homem e a mulher com igual dignidade, mas diferentes e
complementares entre si, e deu-lhes a missão de gerar filhos, mediante a união
indissolúvel de ambos em uma só carne (matrimônio); uma pessoa humana que é
essencialmente relação e comunhão.
Todos
– Eu sou imagem e semelhança de Deus Uno
e Trino. Obrigado, Senhor!
Dirigente (Mãe)
– O ser humano recebeu de Deus incomparável e inalienável dignidade, criado à
sua imagem e semelhança e destinado a ser filho adotivo. Cristo, em sua
encarnação, nos plenificou a graça de sermos filhos de Deus. Por ter sido
criado à imagem de Deus, o ser humano tem a dignidade de pessoa: não é alguma
coisa, ou um ser individual de produção e lucro; ele é alguém; uma pessoa
humana, querida, desejada e amada por Deus.
Todos
– A pessoa humana é capaz de
conhecer-se, de dar-se livremente e de entrar em comunhão com outras pessoas.
Esta relação com Deus e com outras pessoas pode ser ignorada, relativizada,
esquecida ou removida, mas jamais pode ser eliminada, porque faz parte constitutiva
do ser humano. Seria o mesmo que eliminar das pessoas o respirar, o
alimentar-se e o dormir. “isolar-se é adoecer.”
Dirigente (Mãe)
–
As consequências da não correspondência ao desígnio de Deus são desastrosas
para a pessoa, para a família e para a sociedade. Assim, tenta-se explicar a
justificação do aborto como um direito da mulher, a legalização da eutanásia, o
controle artificial dos nascimentos, as leis cada vez mais permissivas do
divórcio, as relações extraconjugais, as diversas tentativas de equiparar as
uniões homoafetivas à família composta de um homem, mulher e seus filhos.
Leitor 1
– A família é a melhor escola para criar relações comunitárias e fraternas, bem
como um eficaz recurso frente às atuais tendências relativistas e, por consequência,
individualistas. De fato, o amor – que é a alma da família em todas as suas
dimensões – só é possível se houver entregar sincera de si mesmo aos outros.
Todos
– Amar significa dar e receber o que não
se pode comprar nem vender, mas só presentear livremente.
Leitor 2
– Graças ao amor, cada membro da família é reconhecido, aceito e respeitado em
sua dignidade. Do amor nascem relações espontâneas, desinteressadas e de
solidariedade profunda. Como a experiência comprova, mesmo nas famílias em
constante conflito e tensão, a família constrói dia após dia uma rede de
relações interpessoais que preparam seus membros para viverem em sociedade no
desejo possível de um clima de respeito, justiça e verdadeiro diálogo.
Todos
– Amar significa dar e receber o que não
se pode comprar nem vender, mas só presentear livre e reciprocamente.
Leitor 3
– Os pais têm autoridade para educar seus filhos com confiança e valentia nos
valores humanos e cristãos, começando pelo valor mais importante de todos: a
verdade; por consequência a necessidade de procura-la e seguí-la para
realizarem sua missão, enquanto guardiões de seus lares. Outros valores, também
importantes nos dias de hoje, são o amor à justiça e a educação sexual clara e
delicada que leve a uma valorização pessoal do corpo e a superar a mentalidade
e a prática que reduz o corpo à objeto de prazer.
Todos
– Amar significa dar e receber o que não
se pode comprar nem vender, mas só presentear livre e reciprocamente.
Dirigente (Mãe)
–
A família, em sintonia com a Igreja e, mas em particular, com o Papa, os bispos
e os padres colabora para que as pessoas desenvolvam valores fundamentais e
imprescindíveis na formação de cidadãos livres, honestos e responsáveis. Esses
valores são: a verdade, a justiça, a solidariedade, a partilha, o amor ao
próximo, a tolerância.
Assim, a criança vai incorporando esses
valores, adquirindo critérios e atitudes que a ajudará mais adiante em uma
outra família mais ampla, que é a sociedade.
Todos
– “A meta é que todos juntos nos encontremos
unidos na mesma fé e no conhecimento do Filho de Deus, para chegar a perfeição que, na maturidade do seu
desenvolvimento, é a plenitude de Cristo.” (Ef 4, 13)
FALA DO
MAGISTÉRIO
Pai
– A experiência quotidiana nos diz e, todos nós sabemos, que hoje em dia educar
para a fé não é uma tarefa fácil. Na realidade, toda obra de educação parece
tornar-se cada vez mais árdua e precária. Por este motivo, fala-se de uma
grande “emergência educativa”, da dificuldade crescente que se enfrenta ao
transmitir às novas gerações os valores-base da existência e de um justo comportamento, dificuldade esta
que se apresenta tanto à escola como à família e, também às outras instituições
com finalidades educativas.
Mãe
– Podemos acrescentar que se trata de uma emergência inevitável: numa sociedade
e numa cultura que muitas vezes faz do relativismo o seu próprio credo. O
relativismo tornou-se uma espécie de dogma, numa sociedade semelhante vem a
faltar à luz da verdade, aliás, considera-se perigoso falar de verdade, considera-se
“autoritário” fazê-lo, e assim termina-se por duvidar da bondade da vida – O
ser humano é um bem? É um bem viver? – e da validade dos relacionamentos e dos
compromissos que constituem a vida.
Casal
– Então, como será possível propor aos mais jovens e transmitir às gerações
“algo” válido e verdadeiro sobre as regras da vida? Como dar um significado
autêntico e apresentar finalidades convincentes para a existência humana,
enquanto pessoas, enquanto comunidade?
Viúva(o)
– Por isso, hoje, a educação tende a reduzir-se na transmissão de determinadas
habilidades, ou capacidades no fazer. Ao mesmo tempo, o modo de vida hoje
propagado pelas esferas sociais influentes estimula as novas gerações a
procurarem a felicidade nos objetos de consumo e nas gratificações efêmeras.
Solteiro(a)
– Assim, tanto os pais como os professores são facilmente tentados a abdicar
das tarefas educativas que lhes são próprias, e a não compreender mais nem
sequer o seu papel, e a missão a eles confiada. Não oferecemos aos jovens, às
novas gerações, aquilo que temos o dever de lhes comunicar. Nós somos devedores
no que se lhes refere, também, dos verdadeiros valores que dão fundamentos à
vida.
MOMENTO DA
PARTILHA
1. Partilhar duas ou
três frases do texto acima, parte do discurso do Papa Bento XVI.
FATO DE VIDA (Um
casal - bodas de prata)
Jacques e Raissa
Oumançoff Maritain
Raissa (1882-1960) e Jacques (1882-1973),
ele nascido na França e ela na Rússia, casaram-se em 1904 e começaram juntos
uma aventura de amor e conhecimento, tendo um interesse em comum: a sede pela
verdade. Procuravam o sentido da vida e a verdade na filosofia, que os levou a
correr o risco de caírem em desespero e na descrença. Mas, graças à
leitura dos místicos, eles entenderam
que, o que se sabe de Deus, não é nada comparado àquilo que não se sabe sobre
Ele.
Dois jovens intelectuais convertidos, ela
do hebraísmo, pela contemplação da beleza da criação de Deus e pela leitura da
historia da cultura e do cristianismo. E Jacques do protestantismo, pela
leitura dos escritos de São Tomás. Ambos descobrindo o caminho da fé, com a
única meta de santificar seu casamento. E, como consequência, no dia 11 de
julho de 1910 foram batizados e no ano de 1912, Jacques e Raissa foram
recebidos como oblatos leigos da ordem beneditina.
Jacques e Raissa, apesar de serem
diferentes, os dois sabiam discernir a voz do Espírito que silenciosamente
levou-os a unir suas vidas, para nutrir seus talentos, oferecendo-lhes o dom da
vida familiar. Ambos procuravam nos acontecimentos cotidianos um recurso para
preservar e alimentar a união conjugal, resgatando nos acontecimentos diários
uma fonte de alegria, eles acreditavam que para construir “a casa sobre a
rocha” o amor deveria voar alto, desde que, olhassem constantemente na mesma
direção.
Após a morte de Raissa, em 04 de novembro
de 1960, Jacques Maritain retirou-se para Toulose-França, para a Fraternidade
dos irmãozinhos de Foucauld, onde faz seu noviciado aos 88 anos. Morreu em 28
de abril de 1973, com 90 anos. E morreu como quis, em um contexto de oração, de
silêncio, de contemplação.
BÊNÇÃO DOS
FILHOS
(Os pais
colocam as mãos na cabeça dos(as) fihos(as) e rezam em voz alta)
Ó Deus de bondade, fonte de todos os bens,
nós Vos bendizemos e Vos damos graças, pois quisestes alegrar com o dom dos
filhos a união do nosso amor. Concedei, nós Vos pedimos, que estes membros
jovens da família, nossos filhos .......,
encontrem seu caminho na sociedade familiar, onde possam desenvolver as
melhores aspirações e chegar um dia, com a Vossa ajuda, à meta final por Vós
estabelecida, Por Cristo nosso Senhor. Amém.
(Os pais com o dedo polegar traçam o sinal da cruz na testa
dos(as) filhos(as) e lhes dão um beijo e abraço)
Sagrada Família (Pe. Robson de Oliveira)
Dos presentes que o Senhor já te deu/ Tua família és/ Um dos mais
importantes tesouros/ Plano do amor de Deus/ E por mais que difícil estiver/
Nem penses em desistir/ Não abandones a tua família precisa de ti. (bis)Crê na força do amor que tudo pode mudar/ Ama tua família, o amor vencerá/ Como foi feliz a santa família de Nazaré/ A tua também será se tiveres fé.
Jesus, Maria, José/ Minha família vossa é. (4 x)
Abençoai a minha casa/ Cuida bem dela pra mim/ Vou amar minha família ate o fim. (bis)
Nenhum comentário:
Postar um comentário