Oração Inicial –
pg 8
Canto –
PALAVRA DE DEUS –
Tb 4, 5b-8, 13-15
Tobias julgando que ia morrer chama o
filho para junto de si e lhe dá as seguintes orientações:
“Pratica a justiça todos os dias de tua
vida e não sigas os caminhos da iniquidade. De fato, se praticares a verdade
serás bem sucedido em teus empreendimentos, como o serão todos os que praticam
a justiça. Dos teus bens, filho, dás esmola, e não desvies o rosto de nenhum
pobre, para que de ti não se desvie a
face de Deus. Segundo o que tiveres, conforme a importância dos teus bens dás a
esmola. Se tiveres pouco, não receies dar a esmola desse pouco. Quanto a ti,
filho, ama os teus irmãos. Não desprezes em teu coração os teus irmãos e os
filhos e as filhas do teu povo, deixando de escolher esposa dentre elas. No
desprezo há muita ruína e perturbação e, na frivolidade, decadência e miséria
extremas. A frivolidade é mãe da fome. O salário de quem quer que seja, que
tenha trabalhado contigo, não fique em tua casa, mas paga-o imediatamente.
Assim, o teu salário não diminuirá e, se servires a Deus na verdade, hás de
receber a quantia de volta. Sim, toma cuidado, filho, em todos os teus
trabalhos, e sê sábio em todas as tuas palavras. Assim, o que não gostas, não o
faças a ninguém.”
PARTILHA
BÍBLICA
Depois da leitura da palavra, distribuir,
para cada um, uma folha de papel em branco e lápis de cor. Pedir para cada um
contornar com o lápis no papel uma das mãos e escrever no centro do desenho da
própria mão, um valor que “não abre mão” na educação dos filhos, a exemplo de
Tobias. Mostrar o desenho para as pessoas e partilhar em forma de oração a
intenção da escolha do valor, e todos, após a prece, podem responder: Fortalecei-nos, Senhor, pelo Evangelho.
REFLEXÃO
Dirigente (Avó)
– Todos nós observamos as mudanças e diferenças na educação que recebemos de
nossos pais, da educação na família em toda e qualquer tempo e realidade.
Principalmente no que se refere à liberdade e às regras que norteiam a educação
na família em todo e qualquer momento do desenvolvimento humano.
Leitor 1
– Contudo, já sabemos por experiência que diante das diferentes mudanças, para
a felicidade humana permanece atualíssima a prática dos valores humanos e
cristãos do amor responsável, da liberdade racional, do respeito mútuo, do
valor da fé, do obediência a Deus e ainda, o senso de dever e direito dos pais
na educação dos filhos.
Leitor 2
– No século XX e no início do século XXI a autoridade dos adultos, em um
período de quatro a cinco décadas, passou de extremamente valorizada à
criticada e abandonada. O respeito a práticas, às normas, crenças e atitudes
são vistas como desatualizadas e sem utilidade para o relacionamento entre os
membros da família, de modo que há um afastamento do conhecimento herdado das
gerações anteriores.
Todos
– Senhor, ajudai-nos na prática da
autoridade modesta e afetuosa em estabelecer limites aos nossos filhos, para
que possamos ser referência e manifestação seguras do amor e da verdade cristã.
Leitor 3
– A afetividade também se modificou, caracterizada antes por sentimentos
fortes, altamente elaborados, justificados e duradouros, mas contidos por
normas severas, desloca-se para a expressão livre, momentânea, sem referência,
de estados emotivos exagerados.
Todos
– Coração de Jesus, que nos amastes com
um Coração humano, concedei-nos que, na busca de amar e sermos amados,
desenvolvamos em nós sentimentos maduros e comprometidos com a felicidade de
todos.
Dirigente (Avó)
– Observamos igualmente que a exigência e a disciplina, fator número um da
educação, que visava levar a pessoa a uma hierarquia de obrigações morais para
com a família e a sociedade, deixar aos poucos de existir, dando lugar de
destaque ao indivíduo e às buscas individuais.
Todos
– Divino Mestre, ensinai-nos que ninguém
se basta a si mesmo e que só seremos humanos, de verdade, na convivência com
nossos semelhantes, em especial com nossos pais, filhos, esposo(a) e parentes.
Leitor 1
– As regras e as normas que tinham consistência para estabelecer o certo e o
errado de maneira geral e imutável, caminhou gradativamente para a ausência de
constância no que é permitido e no que é proibido, tanto na família como na
sociedade.
Todos
– Pai bondoso, como seguidores do
Evangelho pedimos que o nosso “sim seja sim” e o nosso “não seja não”,
renunciando ao que nos conduz à morte e abraçando tudo o que é digno do
cristão.
Leitor 2
– Um fator condicionante foi da comunicação entre os membros da família, pouco
utilizada antes, não possibilitando o questionamento do comportamento dos
“adultos” abrir-se integralmente e acentuar o valor do ‘dizer sempre tudo’, do
‘expressar’ o que se quer.
Todos
– Jesus Cristo, comunicador do Pai,
concedei-nos que, na educação permanente respeitemos nossos pais como pais,
filhos como filhos e irmãos como irmãos, num verdadeiro diálogo de amor e
comprometimento.
Leitor 3
– A participação do pai como figura de autoridade máxima na família, aliada à
de grande ausente das tarefas do cotidiano doméstico, transforma-se, também,
fazendo dele o amigo, próximo dos filhos, atuante dentro da rotina da casa. O
pai assume mais afetivamente e efetivamente as atividades domésticas.
Todos
– “Abba,
nosso Pai, que nossa família seja um santuário de vida e de amor na prática da
partilha com os mais necessitados.
Leitor 1
– Outra constatação é que em nossos dias, os avós muitas vezes assumem – ou são
obrigados a assumir – a função dos pais na transmissão e educação da fé.
Observa-se “que muitas são as pessoas que devem sua iniciação na fé aos avós.
Em muitas famílias, são eles que ensinam as primeiras orações às crianças, e é
sempre maior o número de crianças que são levadas para a catequese pelas mãos
dos avós. A tarefa educativa dos avós sempre é muito importante, ainda mais
quando, por diferentes razões, os pais não são capazes de garantir uma adequada
presença junto aos filhos na fase de crescimento” (Bento XVI)
Todos
– São Joaquim e Sant’Ana, abençoai os
avós.
Dirigente (Avó)
–
A educação da vida e da fé seguiu o caminho da “desrepressão”, da liberalização
do comportamento quanto da própria subjetividade, seja para as gerações mais
novas, seja para as mais velhas. Mas, por outro lado, acentuou-se a preocupação
com o certo e o errado na educação, gerando uma procura frequente por terceiros
(professores, psicólogos e outros profissionais), na tentativa de obter
respostas baseadas em um conhecimento técnico-científico, extremamente
valorizado, de uma sociedade que preza a relativismo e o individualismo, em
detrimento, inclusive, de toda uma sabedoria evangélica.
Todos
– Sagrada Família, permita que todo pai
e toda mãe reassumam a responsabilidade em apresentar Jesus, os dados
essenciais da fé e os valores humanos aos seus próprios filhos.
FALA DO
MAGISTÉRIO
(casal de
namorados)
Embora no meio das dificuldades da obra
educativa, hoje muitas vezes agravada, os pais devem, com confiança e coragem,
formar os filhos para os valores essenciais da vida humana.
Os filhos devem crescer numa justa
liberdade diante dos bens materiais, adaptando um estilo de vida simples e
austero, convencidos de que ‘a pessoa vale mais pelo que é do que pelo que
tem’.
Numa sociedade agitada e desagregada por
tensões e conflitos em razão do violente choque entre os diversos
individualismos e egoísmos, os filhos devem enriquecer-se não só do sentido da
verdadeira justiça, que por si só conduz ao respeito pela dignidade pessoal de
cada um, mas também e, ainda mais, do sentido do verdadeiro amor, como
solicitude sincera e serviço desinteressado para com os outros, em particular
os mais pobres e necessitados. A família é a primeira e fundamental escola de
sociabilidade: enquanto comunidade de amor, ela encontra no dom de si a lei que
a guia e a faz crescer [...]
A comunhão e a participação quotidianamente
vividas na casa, nos momentos de alegria e de dificuldade, representam a mais
concreta e eficaz pedagogia para a inserção ativa, responsável e fecunda dos
filhos no mais amplo horizonte da sociedade (Familiaris
Consortio, n° 37).
MOMENTO DA
PARTILHA
1.
Partilhar vivências de como era na sua casa de origem e como é agora. Cite os
benefícios trazidos para a sua vida.
2.
O que pode ser feito para colaborar na educação dos membros de sua família?
3.
Que desafios enfrentamos na educação da fé com filhos adolescentes?
FATO DE VIDA (Um
casal recém-casado)
Józef (1900-1944) e
Wiktoria Niemczak Ulma (1912-1944)
Wiktoria era 12 anos mais jovem que Józef.
Eles se casaram em julho de 1935, na Igreja de Santa Dorotéia, em Markowa.
Entre eles reinava um verdadeiro amor recíproco e compreensão. Em sete anos de
vida conjugal e familiar. Wiktoria deu à luz seis filhos – Stasia, Basia,
Wladzio, Franus, Antos e Marysia e só a tragédia da primavera de 1944, a
impediu de ter um sétimo filho.
Na Polônia ocupada pela Alemanha, a
perseguição e morte aos hebreus intensificavam-se a cada dia, e se estendiam
para aqueles que davam-lhes refúgio.
Na segunda metade de 1942, a maioria dos
judeus de Markowa, um vilarejo na Polônia, foi exterminado. Nesse período a
família Ulma manifestou com a própria vida, e, sobretudo com a morte, o amor
radical pelo Evangelho quando Józef e Wiktoria acolheram, em sua casa, famílias
de hebreus que fugiam do massacre, por isso, no dia 24 de março de 1944, foram
mortos por fuzilamento pelas mãos dos nazistas. Primeiro o casal – Wiktoria
estava grávida – e depois os seis filhos, junto com outros hebreus da família
Szall e Goldman, para as quais os Ulma davam refúgio.
Sabemos muito pouco sobre a espiritualidade
dos Ulmas. No entanto, a comunidade onde eles moravam os consideravam pessoas
virtuosas, justas e católicas praticantes. Em agosto de 2003, na Diocese de
Przemysl, iniciou-se o processo de beatificação da família Ulma.
O processo para beatificação da Família
Ulma, Servos de Deus, encontra-se no Vaticano.
BÊNÇÃO DE
CASAL
(O casal com
as mãos dadas, olhando um para o outro, bendiz a Deus)
Esposo
– Bendito sejais, Senhor, que me concedestes a graça de receber ........... por
minha esposa.
Esposa
– Bendito sejais, Senhor, que me concedestes a graça de receber ........... por
meu esposo.
Ambos
– Bendito sejais, Senhor, porque nos assististes com a Vossa graça nos momentos
felizes e nos momentos difíceis da nossa vida. Ajudai-nos, nós Vos pedimos, a
conservar fielmente o amor recíproco, para que sejamos testemunhas fiéis da
aliança, que contraístes com a humanidade.
Ambos
– Fortalecei e santificai, Senhor, o amor dos nossos pais ........... e
............, para que, entregando-se um ao outro pelo sagrado matrimônio,
sejam para nós sinal de fidelidade e amor. Que eles progridam sempre na graça
do sacramento. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso filho, que é Deus convosco
na unidade do Espírito Santo.
Todos – Amém.
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