Oração Inicial –
pg 8
Canto
–
PALAVRA DE DEUS –
Dt 6, 20-25
“Quando amanhã teu filho te perguntar: ‘Que
significam estes mandamentos, estas leis e estes decretos que o Senhor, nosso Deus
vos prescreveu?’ Então lhe responderás: ‘Nós éramos escravos do faraó no Egito,
e o Senhor nos tirou do Egito com mão
poderosa. O Senhor fez à nossa vista grandes sinais e prodígios terríveis contra
o Egito, contra o Faraó e contra toda a sua casa. Ele nos tirou de lá para nos conduzir
à terra que havia jurado dar a nossos pais. O Senhor mandou que cumpríssemos
todas essas leis e temêssemos o Senhor, nosso Deus, para que fôssemos sempre
felizes, e Ele nos conservasse vivos, como o fez até hoje. Seremos justos se guardarmos
estes mandamentos e os observarmos diante do Senhor nosso Deus, como Ele nos ordenou.”
COMENTÁRIO
BÍBLICO
Este trecho bíblico é hoje para nós o
mesmo que um menino perguntar aos seus pais: Quem disse que é necessário falar
a verdade, se falar a verdade pode trazer um dano, enquanto mentir pode
resultar em vantagem? Quem disse que devo trabalhar e não ser um ‘parasita’?
Por que não se pode roubar? Por que não podemos ter relações pré-matrimoniais
se todos fazem assim? Por que tenho que ir à missa, se posso rezar em casa? Por
que tenho que rezar se meus amigos não rezam? E o que os pais responderiam?
REFLEXÃO
Dirigente (Avô)
– Todo processo no relacionamento humano é portador de um grande bem encontrado
e partilhado. Mas nenhum se iguala ao bem transmitido pelo testemunho. Em
especial o testemunho dos pais comunicado aos filhos: pelo testemunho da
espontaneidade, gratuidade,
reciprocidade, do relacionamento marido e esposa, de trabalho em prol do
bem da família, da prática da fé.
Leitor 1
– Os pais, ao relatarem a própria experiência aos filhos e os educarem pelo
exemplo, provocam os próprios filhos, desafiando-os e motivando-os, para que
também eles procurem e encontrem o bem maior da vida, aquilo que dá razão a
todos os sacrifícios e a todas as esperanças. Assim, os filhos podem verificar
a verdade daquilo que os pais propõem a eles.
Todos
– Caminhamos repletos de esperança,
tateando pela noite. Nos encontra no Advento da história. És para nós o Filho
do Altíssimo!
Leitor 2
– A presença da fé dos pais no cotidiano da vida dos filhos é o maior dom, a
maior herança, o contributo mais eficaz e eficiente que um pai ou uma mãe pode
oferecer aos filhos. Mais que dar ou proporcionar coisas materiais, os filhos
desejam a presença dos pais em tudo o que lhes acontece. A presença dos pais é
um elemento decisivo e condicionante para a felicidade e realização dos filhos,
que infundem-se no coração deles e que nada poderá apagar.
Todos
– Caminhamos frágeis e perdidos, sem o
pão de cada dia. Tu nos nutre com a luz do Natal. És pra nós a estrela da
manhã!
Leitor 3
– A criança é como uma “esponja” que, quase sem dar-se conta, absorve modos de
ser e de pensar, modos de relacionar-se com tudo, a partir do ambiente no qual
está inserido, especialmente nos primeiros anos de vida, que são os mais
decisivos, inclusive do ponto de vista psicológico.
Todos
– Caminhamos, cansados e sofridos, as
feridas ainda abertas. Tu sacias quem te busca nos desertos. És para nós a mão
que cuida e nos cura!
Dirigente (Avô)
– Mesmo que o tempo de um pai ou de uma mãe para dedicar aos filhos seja
reduzido por causa de seu trabalho, ainda assim, o pouco daquilo que é
transmitido sobre os valores e a conduta tem “força” significativa. As poucas
palavras ditas por um pai ou por uma mãe tem muito mais efeito do que aquilo
que o(a) catequista ou o(a) professor(a) de religião possa dizer à criança a
respeito do valor na vida, da fé e da religião. São momentos preciosos para
enraizar na criança a certeza de um relacionamento com Deus, com Jesus, que é
um fator decisivo do estado de ânimo, ou seja do humor, dos sentimentos.
Leitor 1
– Quando os pais estão confusos a respeito de sua própria experiência,
duvidosos quanto à fé, perplexos diante da tradição da Igreja que, eles julgam
com os mesmos critérios dos meios de comunicação, então, serão incapazes de
indicar um caminho certo para os filhos e deixarão vazio um espaço que outros
preencherão, segundo os seus próprios interesses.
Todos
– Caminhamos sob o peso da cruz nas
pegadas dos teus passos. Tu ressurges na manhã da santa Páscoa. És para nós o
Vivente que não morre.
Leitor 2
– Quando o adulto não tem ou não comunica uma percepção positiva da vida e da
fé, fundada sobre a experiência vivida em família, permite que o(a) filho(a) se
sinta como se estivesse perdido na cultura relativista e fragmentada, pois não
saberá indicar onde estarão as “pedras” sobre as quais seus filhos poderão pôr
os pés para trilharem um caminho seguro e certo.
Todos
– Caminhamos atentos ao chamado de cada
novo Pentecostes. Tu recrias a presença desse sopro. És para nós a Palavra do
futuro.
Leitor 3
– Pode acontecer que muitos pais encontrem dificuldades na tarefa de educar os
jovens. Podendo assumir uma postura de que vieram de uma geração de adultos que
viveram uma experiência tão frágil e incerta que parece não terem nada a
comunicar as novas gerações.
Todos
– Caminhamos a cada dia que nos dá, com
os irmãos e as irmãs. Tu nos guia nos caminhos desta terra. És para nós a
esperança da chegada!
Dirigente (Avô)
–
Em tempos confusos como os que vivemos hoje, é importante lembrar aos pais
sobre a sabedoria com a qual o próprio Criador dotou a todos os seres humanos
para explicar o significado da vida e da morte, do bem e do mal, da alegria e
da dor, do trabalho e da amizade, do sacrifício e da esperança. E ainda
lembrar, que, juntamente com a ordem do “Cresceu e multiplicai e dominai a
terra”, existe uma presença que confere aos pais de um estado de graça que os
acompanha nos diversos desafios que a vida lhes impõe.
LADAINHA DA
SAGRADA FAMÍLIA
Sagrada Família, a quem
é consagrada a nossa família, abençoai-nos.
Sagrada Família, nosso
modelo de família, abençoai-nos.
Sagrada Família,
predileta do pai celestial, abençoai-nos.
Sagrada Família,
conduzida pelo Espírito Santo, abençoai-nos.
Sagrada Família,
santificada pelo Filho de Deus, abençoai-nos.
Sagrada Família, terror
do inferno, abençoai-nos.
Sagrada Família, asilo
de todas as virtudes, abençoai-nos.
Sagrada Família,
Santuário da Divina Trindade, abençoai-nos.
Sagrada Família,
precioso Tabernáculo de Deus vivo, abençoai-nos.
Sagrada Família,
escondida e ignorada sobre a terra, abençoai-nos.
Sagrada Família, pobre
e laboriosa, abençoai-nos.
Sagrada Família, modelo
de paciência e resignação, abençoai-nos.
Sagrada Família,
alegria nas tribulações, abençoai-nos.
Sagrada Família,
venerada pelos pastores, abençoai-nos.
Sagrada Família,
honrada pelos Magos, abençoai-nos.
Sagrada Família, por
Herodes perseguida, abençoai-nos.
Sagrada Família,
desejada pelos Patriarcas, abençoai-nos.
Sagrada Família, pelos
anjos respeitada, abençoai-nos.
Sagrada Família, modelo
de todos os Santos, abençoai-nos.
Sagrada Família,
tesouro precioso, fecundo e sagrado da América Latina, ouvi
o grito das famílias empobrecidas.
Sagrada Família, santuário
da vida, protegei os nascituros de nossas famílias.
Sagrada Família, modelo
de Igreja doméstica e futuro da humanidade, conservai
as nossas famílias na fé católica.
Sagrada Família, esperança
futura e ornamento da celestial Jerusalém, estejai
sempre conosco.
FALA DO
MAGISTÉRIO
Um solteiro
– Educar é a aventura mais fascinante e difícil da vida. Educar – na sua
etimologia latina educere – significa
conduzir para fora de si mesmo ao encontro da realidade, rumo a uma plenitude
que faz crescer a pessoa.
Uma solteira
– Este processo alimenta-se do encontro de duas liberdades: a do adulto e a do
jovem. Isto exige a responsabilidade do discípulo, que deve estar disponível
para se deixar guiar no conhecimento da realidade, e a do educador, que deve
estar disposto a dar-se a si mesmo. Mas, para isso, não bastam meros
dispensadores de regras e informações; são necessárias testemunhas que saibam
ver mais longe do que os outros, porque a sua vida abraça espaços mais amplos.
A testemunha é alguém que, primeiro, vive o caminho que propõe.
Um solteiro
– Vivemos em um mundo em que a família e a própria vida se veem constantemente
ameaçadas e, não raro, destroçadas. Condições de trabalho frequentemente pouco
compatíveis com as responsabilidades familiares, preocupações com o futuro,
ritmos frenéticos no cotidiano, emigração à procura de um adequado sustento,
quando não em busca da própria e sobrevivência, acabam por tornar difícil a
possibilidade de assegurar aos filhos um dos bens mais preciosos: a presença
dos pais. Uma presença, que permita compartilhar de forma cada vez mais
profunda, o caminho para a bem aventurança, a fim de poder transmitir a
experiência e as certezas adquiridas com os anos – o que só se torna viável com
a presença dos pais mais constante junto aos filhos.
Uma solteira
– Quero dizer aos pais para não desanimarem! Com exemplos da sua vida, induzam
os filhos a colocar a esperança antes de tudo em Deus, o único de quem surgem
justiça e paz autênticas.
MOMENTO DE
PARTILHA
1.
O que eu poderia fazer para ter mais tempo para participar de forma efetiva nos
relacionamentos familiares?
2.
Como é minha presença na família?
FATO DE VIDA (Um
casal – bodas de ouro)
Servos de Deus Giovanni
(1900-1942) e Rosetta Franzi Cheddo (1902-1934)
Os servos de Deus Rosetta e Giovanni são
um reflexo de como os esposos cristãos no cotidiano da vida podem trilhar o
caminho da santidade.
Rosetta e Giovanni nasceram na Itália, ela
em Crova e ele em Viancino, ambos eram militantes da Ação Católica na Itália e
viveram casados por seis anos. Uma vida familiar comum, mas intensa de fé,
ardorosos em esperança e profundos no amor a Deus e à família. Fortaleciam os
relacionamentos familiares pela oração do Rosário cotidiano, leituras cristãs,
missa dominical e fidelidade à Igreja.
Os depoimentos dos filhos e pessoas que os
conheciam dizem que eles tinham uma vida de doação de um para o outro e para a
Igreja. Uma família que respirava a atmosfera de fé e de oração em comum, de
otimismo e esperança. Experimentavam os dons da Divina Providência nas
situações mais difíceis.
Rosetta pertencia a uma bela família,
segunda de quatro filhos. Professora do ensino fundamental, auxiliava nas
turmas de catequeses e nos cuidados com as crianças e pobres do seu vilarejo.
Morreu piedosamente de pneumonia aos 32 anos, em trabalho de parto de gêmeos,
depois de ter sofrido dois abortos espontâneos.
Giovanni atuou como capitão de artilharia
nos últimos anos na Primeira Guerra Mundial e depois como agrimensor na cidade
de Tronzano. Giovanni vinha de uma família de nove irmãos. Um homem bom, sábio,
justo; sempre que uma família estava em conflitos ele era chamado para
apaziguar. Quando viúvo e pai de três crianças pequenas poderia ter sido
dispensado de servir na guerra em 1941. Entretanto, como foi capitão de
artilharia na Primeira guerra Mundial, e por sua militância na Ação Católica,
além de nunca ter se filiado ao Partido Fascista, foi obrigado a servir
(supostamente como uma forma de punição). Foi para a Rússia, onde morreu
durante um ato heroico.
No dia 17 de dezembro de 1942, o alto
comando italiano ordenou a retirada das tropas italianas do lugar onde havia um
hospital militar italiano, instruindo para que os oficiais mais jovens
permanecessem cuidando dos feridos. Ele, como capitão, assumiu o lugar de um
subtenente e permaneceu com os feridos. Giovanni lhe disse: “Você é jovem e tem
uma vida toda pela frente. Meus filhos estão em boas mãos. Fuja, que eu
permaneço aqui”.
Iniciou-se a causa de beatificação do
casal no dia 18 de fevereiro de 2006, na cidade de Tronzano. Uma das marcas da
santidade do casal era a vivência, com fé e amor, do Evangelho no dia a dia da
família – o ordinário de modo extraordinário.
BÊNÇÃO PARA OS AVÓS
(Chamar os
avós presentes e coloca-los em lugar de destaque)
Todos
– Senhor, nosso Deus, que a estes Vossos filhos avós, concedestes a Vossa graça
em abundância, para que, entre as dificuldades e desafios da vida, colocassem
em Vós sua esperança e experimentassem o quanto sois bom, nós Vos bendizemos
por os terdes cumulado de favores durante os anos de suas vidas, e Vos pedimos,
também, que eles se renovem pela juventude de espírito, gozem de boa saúde, e
se esforcem para dar a todos um agradável e fecundo exemplo de vida. Por
Cristo, Nosso Senhor. Amém.
Leitor 1
– São Joaquim e Sant’Ana, padroeiros dos avós.
Todos
– Rogai por nós.
Leitor 2
– Bendigamos ao Senhor.
Todos
– Demos graças a Deus.
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