domingo, 16 de março de 2014

CF 2014 - FRATERNIDADE E TRÁFICO HUMANO - 2º ENCONTRO



2º Encontro – O tráfico e a escravidão humana “Portanto, já não és mais escravo, mas filho: e, se és  filho,  és também herdeiro”  (Gl 4,7)

1.     Objetivo do encontro – Mostrar que todo tipo de escravidão destrói a liberdade desejada por Deus e fere profundamente a dignidade do ser humano.

2.     Preparação do ambiente - Colocar em uma mesa toalha branca, vela, cruz, Bíblia. Também objetos, fotos, reportagens que retratem a escravidão.
Animador – Amados irmãos e irmãs! Que a graça de Deus esteja com cada um de nós, que hoje nos reunimos para celebrar esse segundo encontro da CF. O tema a ser refletido e rezado neste momento é “O tráfico e a escravidão humana”. Que neste encontro possamos refletir sobre esse assunto, rezar por essas pessoas que sofrem e, mais ainda, assumir uma postura de cristãos que lutam pela dignidade e pela liberdade humana. Em pé, vamos iniciar nosso encontro cantando.
Canto inicial –
A – Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!
Oração (Todos) – Senhor Jesus, pedimos que envie sobre nós o vosso Espírito de Sabedoria e Entendimento, de Piedade e  de Fortaleza,  de Ciência  e de Temor de Deus,  para  que possamos,  pelo dom do  Conselho, ter um reto discernimento  e  santas atitudes  em determinadas circunstâncias  de nossa vida. Que vossa presença no meio de nós aumente em  nossa comunidade o  dom de servir e amar-nos  uns aos  outros  respeitando  as diferenças. Amém!

A – Na história do nosso país, há vários fatos que confirmam a existência de escravos, a começar pelos povos indígenas, gente nativa e moradores primeiros da terra, que foram submetidos à força na colonização; em seguida, os negros traficados da África e trazidos para o Brasil, submetidos a grilhões e a chibatadas caso não trabalhassem e produzissem o tanto desejado pelos seus senhores.
L 1  -  No  início de junho de 2012, a Organização  Internacional do Trabalho (OIT) divulgou uma pesquisa em que propõe uma estimativa global do número de pessoas atingidas pelo tráfico humano, conceito que inclui o tráfico  para trabalho forçado e o tráfico para exploração sexual.
L 2  -  A OIT estima esse número em 20,9 milhões, sendo 1,8 milhão nos países da América Latina e Caribe: uma prevalência de 3,1 por mil habitantes, acima da média global (Texto base da CF 2014, n. 81).
L 3  -  Deus nos criou livres e senhores da criação (Gn 1,28b-30); criou-nos à sua imagem e semelhança. Nas Sagradas Escrituras, não são poucos os relatos em que aparece a realidade da escravidão, vejamos alguns:
L 1  -  No  relato da criação, encontramos a narrativa criadora de Deus. O ser humano é a obra-prima de sua criação (Gn 1, 26-27). Sendo criado na liberdade, Deus não admite que o homem e a mulher escravizem ou torturem seus iguais. Deus criou o ser humano digno e livre, esperando dele uma resposta sincera e verdadeira ao seu projeto amoroso para com toda a humanidade: a fraternidade e a justiça no amor.
L 2  -  Acontece que o ser humano, corrompido pelo pecado da desobediência, traz para si o mal (Gn 3,6-7; Sl 36, 1-4). Com o pecado, ele se distancia de Deus e de seu projeto. A sua liberdade não mais será para Deus, mas sim para fazer de sua vida o que lhe convém, mesmo que suas ações sejam contrárias aos desígnios de Deus.
L 3  -  Assim, nos noticiários aparecem os tristes relatos de pessoas que matam, escravizam, traficam adultos e crianças e espancam aqueles a quem deveriam ter respeito e amizade, por pertencerem à mesma linhagem, a linhagem de filhos e filhas de Deus.
T – É para a liberdade que Cristo nos libertou.

3.     Iluminação bíblica
Canto de acolhida da Palavra de Deus
Leitura da Palavra – Gl 4,4-7

L 1  -  Corrompida a raça humana pelo pecado, os seres humanos começaram a dominar uns aos outros. A escravidão de Israel no Egito é um exemplo clássico de uma soberania humana marcada pela ganância do lucro e pelo luxo, colocando em situações miseráveis aqueles que estão a serviço do faraó (Ex 1,11;13-14).
L 2  -  Hoje podemos perceber que essa realidade não está distante de nós. Hoje, homens e mulheres, como “novos faraós”, capturam, massacram, escravizam menores e adultos para a prostituição, trabalhos forçados e diversos abusos à dignidade humana.
L 3  -  Contudo, Deus, por acreditar no ser humano, age na história humana libertando das mãos do faraó aquele povo oprimido pelos pesados fardos de trabalho, conduzindo-os a uma terra onde deveriam viver como o povo da Aliança, isto é, no amor a Deus e ao próximo (Ex 3,7-8).
L 1  -  Mas o povo de Israel sempre se esquecia da Aliança com Deus e da promessa de libertação e, por isso, voltavam seus corações sempre a outros deuses, ao mal e ao poder. Para lembrá-los dessa Aliança, Deus suscitou profetas, homens audazes e capazes de denunciar a ganância e a dominação dos reis, dos ricos e dos chefes da sociedade de Israel. O povo desunido por suas próprias injustiças caía sempre nas mãos dos poderosos.
L 2  -  Jesus Cristo, vivendo uma época de tirania e dominação romana (Lc 3,1), veio para anunciar o Reino de Deus Pai, um Reino onde não há injustiça, dominação e ganância. Veio para lembrar o ser humano do que ele é capaz, do porquê e para quê foi criado, dando-lhes uma palavra de vida e de libertação.
L 3  -  Este período quaresmal que vivenciamos nos convida a mantermos os olhos fixos em Jesus Cristo, que na cruz se faz solidário aos que sofrem injustiças. O nosso caminhar quaresmal não pode ser insensível a situações que atentam contra a dignidade humana com requintes de crueldade, como o tráfico humano.
T – Que vossa Palavra libertadora desate as correntes da ganância, da exploração e da opressão, restituindo a todos a dignidade e liberdade de sermos filhos e filhas Vossos.

4.     Pistas para a reflexão  
a)     Como podemos agir profeticamente diante desta realidade de exploração do outro, que chega mesmo à escravidão?
b)    Como entendemos a citação bíblica: “Portanto, já não és mais escravo, mas filhos: e, se és filhos, és também herdeiro” (Gl 4,7)?
 (Tempo para a reflexão do grupo. Logo a seguir, as preces)

A – Na certeza de que Deus nosso Pai nos ouvirá, elevemos até Ele nossos pedidos de súplicas.

L 1  -  Que toda a Igreja, ministros ordenados e fiéis leigos continuem, pelo anúncio da Palavra e pelo testemunho, a levar Jesus Cristo libertador a todos os povos, rezemos.
T – Senhor, ajude-nos a testemunhar sua Palavra de libertação.
L 2  -  Que Deus ampare em seu coração de Pai todos aqueles que sofrem violência física, moral e psíquica, e que nós, comprometidos com o Evangelho de Cristo, possamos ser agentes de transformação, construindo uma sociedade mais justa e fraterna, rezemos.
T – Senhor, ajude-nos a testemunhar sua Palavra de libertação.
L 3  -  Que nossos governantes sejam iluminados pelo Espírito de Deus, a fim de que promovam leis a favor da justiça, da igualdade e da solidariedade, rezemos.
T – Senhor, ajude-nos a testemunhar sua Palavra de libertação.
 (Preces espontâneas)
T – Pai nosso e Ave Maria.

A – Encerremos nosso segundo encontro rezando todos juntos a oração da CF 2014.

A – Que o Senhor nos ajude a reconhecermo-nos uns aos outros como membros da grande família de Deus, irmãos e irmãs em Cristo. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Canto final: Hino da CF 2014.

Nenhum comentário:

Postar um comentário