Oração Inicial –
Acolhida
A – A
vida espiritual dos membros da família é comprometida entre eles: um é
responsável pela espiritualidade cristã do outro. Como diz o ditado popular
“Ninguém vai ao céu sozinho(a)”. Que o Deus da paz, fonte de todo bem, seja
para nós, nesse encontro, a razão de nossa vida e ação. Vamos participar com
todo o coração deste nosso último encontro, procurando viver na família uma
espiritualidade de comunhão.
Canto –
MEMÓRIA
– Apontar uma dificuldade e duas alegrias
experienciadas na vida espiritual na família.
Deus nos fala –
Jo 2, 11-12
Foi assim, em Caná da Galiléia, que Jesus
começou seus sinais. Ele manifestou a
sua glória, e seus discípulos acreditaram nele. Depois disso, Jesus desceu para
Cafarnaum com sua mãe, seus irmãos e seus discípulos. E aí ficaram apenas alguns dias.
Refletir a
Palavra
Foi na família que Jesus “manifestou a sua
glória”, plenificando a fé, a esperança e o amor, fazendo da família o lugar da
“íntima comunidade de vida e de amor” (GS,
48).É lá que Jesus “desce”, quer dizer, santifica-a como imagem da
Trindade. Nela nosso Senhor “fica apenas alguns dias (permanece)” nos indicando
a família como lugar seguro e adequado para nossas realizações e aspirações que
não se fecham em si, mas nos impulsionam como discípulos missionários,
motivados e orientados pela espiritualidade cristã em restabelecer os valores
cristãos na pessoa, na família e na sociedade.
A Igreja nos
ensina
A – A
espiritualidade cristã na família é uma espiritualidade de comunhão entre si e
com todos, em especial com aqueles que sofrem. A Igreja reza pela família
cristã e educa-a para viver em generosa coerência com o dom e o dever
sacerdotal recebido de Cristo, Sumo Sacerdote, e motiva-a na prática da
espiritualidade de comunhão, à semelhança da Trindade Santa.
Todos
– É bom agradecer ao Senhor e tocar para o Teu nome, ó Altíssimo; anunciar pela
manhã o Teu amor e Tua fidelidade pela noite (Sl (91,2-3)
Leitor 1
– Na realidade, o sacerdócio batismal dos fiéis, vivido no matrimônio
sacramento, constitui para a família o fundamento de uma vocação e de uma
missão sacerdotal, pela qual os acontecimentos da vida e até a própria
existência se transformam num sacrifício espiritual agradável a Deus por meio
de Jesus Cristo: é o que acontece com a nossa vida espiritual, no diálogo
orante com o Pai por Jesus Cristo no Espírito Santo, que nos impulsiona à
abertura e atenção as necessidades dos mais pobres e sofridos.
Todos
– Como são grandes Tuas obras, Senhor, e Teus projetos, como são profundos! O
imbecil não os compreende, o idiota não entende nada disso. (Sl (91,6-7)
Leitor 2 –
A vida espiritual na família tem características próprias. É uma prática feita
em comum, marido e mulher, pais e filhos juntos. A comunhão na oração é, ao
mesmo tempo, fruto e exigência daquela comunhão comprometida por um mundo justo
e fraterno, motivada pelos sacramentos do batismo e do matrimônio.
Todos
– Ainda que os injustos brotem como erva, e todos os malfeitores floresçam,
eles serão destruídos para sempre. Porém Tu, Senhor, Tu és elevado para sempre!
(Sl (91, 8-9)
Leitor 3 –
Foi promessa de Jesus estar presente onde dois ou três estiverem reunidos em
seu nome. Dessa forma, Jesus acompanha a prática espiritual na família que tem
como conteúdo original a própria vida familiar que, em todas as suas diversas
fases, é interpretada como vocação e resposta filial ao apelo de Deus. Alegrias
e dores, esperanças e tristezas, nascimento e festas de anos, aniversários de
núpcias dos pais, partidas, ausências e regressos, escolhas importantes e
decisivas, a morte de pessoas queridas e outras.
Todos
– Eis que teus inimigos perecem, e os malfeitores todos se dispersam. (Sl (91,10)
Leitor 1
– A intervenção do amor de Deus nos acontecimentos na família, marca o momento
favorável para a ação de graças, para o serviço e renovação da confiança para o
abandono confiante da família ao Pai comum que está nos céus.
Todos
– Tu me dás o vigor de um touro e me unges com óleo novo. Meu olho vê aqueles
que me espreitam, meus ouvidos escutam os malfeitores. (Sl (91, 11-12
Leitor 2
– Elemento fundamental e insubstituível da educação para a espiritualidade
cristã dos filhos é o exemplo concreto, o testemunho vivo dos pais. Só rezando
e servindo em conjunto com os filhos, o pai e a mãe, enquanto cumprem o próprio
sacerdócio real, entram na profundidade do coração dos filhos, deixando marcas
que os acontecimentos futuros da vida não conseguirão fazer desaparecer.
Todos
– O justo brota como palmeira, cresce como cedro do Líbano: plantado na casa do
Senhor, brota nos átrios do nosso Deus. (Sl (91, 13-14)
Pais e filhos
– Uma finalidade importante da espiritualidade cristã na Igreja doméstica é a
de constituir, para os filhos, a introdução natural à oração litúrgica e o
serviço fraterno próprios da Igreja, no sentido de uma preparação para essas
práticas, e de alargar ao âmbito da vida pessoal, familiar e social.
Todos
– Daqui a necessidade de uma participação constante e fiel de todos os membros
da família cristã na Eucaristia, sobretudo na dominical e festiva, e nos outros
sacramentos, em particular, nos da iniciação cristã dos filhos.
A – A espiritualidade de comunhão na
família é a “resposta” à iniciativa amorosa do Senhor, ao seu reconhecimento ao
plano de Deus para a pessoa humana, e à sua generosa cooperação com o desígnio
que Deus tem para com a família. Uma “resposta” que abre as portas da casa para
a prática solidária na comunhão/serviço a outras famílias.
Prática
espiritual em casa – Leitura Orante
- Antes de dormir ou acordar, no café da
manhã ou jantar, por semana/dia, um dos cônjuges se torna responsável para ler
e rezar o salmo (22) ou mesmo o Evangelho do dia.
Na hora da refeição, a cada semana, um
membro da família assume o encargo de ler o Evangelho do dia e rezar a oração
antes das refeições, além de fazer um ato fraterno e solidário para com uma
instituição ou pessoa.
O MAGISTÉRIO
NOS ORIENTA
– Um olhar especial merece a família,
patrimônio da humanidade, lugar e escola de comunhão, primeiro local para a
iniciação à vida cristã das crianças, no seio da qual os pais são os primeiros
catequistas. Tamanha é sua importância que precisa ser considerada um dos eixos
transversais de toda a ação evangelizadora e, portanto, respaldada por uma
Pastoral Familiar intensa, vigorosa e frutuosa. A Pastoral Familiar poderá
contribuir para que a Família seja, de fato, lugar de realização humana, de
santificação na experiência de paternidade, maternidade e filiação, e de
educação contínua e permanente da fé. (DGAE,
108)
SANTIDADE EM
FAMÍLIA
John Billings (1918-2007)
e Evelyn Billings (1918-2013)
O casal de cientistas católicos Dr. John e
Evelyn Billings colocou suas vidas a serviço do matrimônio e da família. Eles
se conheceram na Universidade de Melbourne na Austrália. Desde o tempo de
noivado alimentavam o sonho de constituir uma família numerosa. Casaram-se no
ano de 1943 e tiveram nove filhos, sendo um adotivo. A Dra. Evelyn, por ser
mãe, preferiu e pôde não exercer a medicina em tempo integral, para dedicar-se
aos seus filhos pequenos; reservando apenas uma tarde por semana para atender
no Hospital de sua cidade. Dra. Evelyn compreendeu a verdade de que existe um
tempo para cada coisa. (Ecl, 3)
As pessoas que viviam mais próximas do
casal Billings procuravam imitá-lo no matrimônio, pois viam neles um casal
unido e feliz.
Nos anos 50 o casal Billings foi convidado
a pesquisar sobre a fertilidade humana, para ajudar os casais a administrá-la
de forma natural. Então surgiu o Método de Ovulação Billings, que tem 99% de
segurança para espaçar a gestação. Eles ensinaram este Método em mais de 100
países. No ano 2000, o próprio Dr. John reconheceu que este método tratava-se
de uma intervenção da Divina Providência para o matrimônio e a família.
Eles ajudaram os casais a acolherem a
fertilidade como sendo um presente de Deus. O trabalho deste casal ajudou
muitos maridos a descobrirem o quanto eles são capazes de oferecer proteção e
cuidado para a esposa, quando assumem o Método de Ovulação Billings para a vida
conjugal – pois afastam da esposa os riscos de danos causados pela contracepção
e a esterilização cirúrgica.
O casal Billings participava, diariamente
da Santa Missa e oferecia suas orações pelas famílias atingidas pela cultura da
morte. Os Billings estavam entre 40 membros fundadores nomeados pelo Papa João
Paulo II para a Academia Pontifícia para a Vida, em 1994. Em abril de 2012 foi
iniciado o processo de beatificação de John Billings.
PARTILHAR
- O que poderia ser feito para
desenvolvermos mais e melhor uma espiritualidade de comunhão em nossa família?
Podemos começar fazendo o quê?
ORAÇÃO
Deus de misericórdia, a família que pratica
a espiritualidade cristã como Igreja doméstica conserva a comunhão de fé e vive
a alegria e fraternidade. Jesus bondoso, dai-nos a graça de vivermos sempre com
fé e simplicidade, como a santa Família de Nazaré. Espírito Santo, que a alegria,
o dom do serviço e a paz do Senhor estejam sempre conosco . Amém.
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