Oração Inicial –
Acolhida
A – O lar cristão e o lugar onde os filhos recebem o
primeiro anúncio da fé. É por isso que a casa de família se chama, com razão,
“Igreja doméstica”, comunidade de graça e de oração, escola de virtudes humanas
e de caridade cristã (CIC 1666). Louvado seja, Senhor, pela família, Igreja
Doméstica. Nela nós aprendemos as lições mais profundas do Evangelho.
Casal – Iniciemos este encontro com a intenção de promover e
assumir em nossa família a missão de sermos no mundo verdadeira Igreja
Doméstica, celebrando a alegria e a fé. Para isso, peçamos a ajuda de Nossa
Senhora, nosso modelo de Igreja, rezando juntos uma Salve Rainha.
MEMÓRIA
– Organizar ou desenhar em uma cartolina,
ou outro material, uma casa, ir colocando detalhes na casa, como: porta,
telhado, janelas e outros, fazendo uma relação com as características de uma
igreja. E depois comentar e rezar com poderíamos fazer para transformar nossa
casa em Igreja doméstica. Ex,: uma casa precisa de luz. Na Igreja a luz maior é
o Evangelho – Senhor, seja para a nossa família a palavra que ilumina nossas
relações.
Deus nos fala –
Jo 2, 9-10
Este provou a água transformada em vinho,
sem sabe de onde vinha. Os que serviam estavam sabendo, pois foram eles que
tiraram a água. Então o mestre-sala chamou o noivo
e disse: “Todos servem primeiro o vinho bom e, quando os convidados estão bêbados, servem o pior. Você, porém, guardou o vinho bom até agora.”
e disse: “Todos servem primeiro o vinho bom e, quando os convidados estão bêbados, servem o pior. Você, porém, guardou o vinho bom até agora.”
Refletir a
Palavra
O milagre da transformação da água em
vinho na festa das bodas é o sinal da aliança matrimonial que fora usado já
pelos profetas, para exprimir a aliança de Deus com o povo, Jesus, com o
milagre do vinho novo na festa em Caná, quis revelar que Ele é o Esposo da Nova
Aliança de Deus com a humanidade. Jesus insere o matrimônio dentro da Nova
Aliança, selada pelo seu amor na hora da cruz. O amor dos esposos, no dia das
núpcias, faz parte no mistério do amor de Jesus. O vinho novo, de qualidade e
abundante, é expressão do amor novo que leva e eleva à perfeição ao amor humano
dos esposos. O milagre da água transformada em vinho acontece, ainda hoje, de
modo surpreendente: pela graça do Espírito Santo, Dom de amor comunicado pelo
sacramento, aos esposos cristãos de modo novo, assumido e transfigurado pelo
amor de Cristo. De fato, novas núpcias, porque o Esposo Divino está presente.
A Igreja nos
ensina
A – A
família é chamada de “Igreja doméstica”. Deste consórcio procede a família,
onde nascem os novos, cidadãos da sociedade humana que, pela graça do Espírito
Santo, se tornam filhos de Deus no batismo, para que o Povo de Deus se perpetue
no decurso dos tempos. (Lumen Gentium,
11)
Todos
– Cantem para Ele um cântico novo, toquem com arte na hora da ovação!. (Sl (32,3)
Esposo
– A encíclica Familiaris Consortio
retorna esta expressão, “Igreja doméstica”, tão querida por João Paulo II, onde
afirma que “a família constitui o lugar natural e o instrumento mais eficaz de
humanização e de personalização da sociedade; ela colabora de maneira original
e profunda na construção do mundo, tornando possível uma vida propriamente
humana.” (FC, 43) A família fundada em Jesus Cristo, a pedra angular, é uma
Igreja como uma casa, uma pequena Igreja, uma Igreja doméstica.
Todos
– Feliz a nação cujo Deus é o Senhor, o povo que Ele escolheu como herança. (Sl (32,12)
Esposa –
A família, como Igreja doméstica, é um lugar privilegiado para viver o amor,
como naquele casamento, em Caná da Galileia, onde Jesus restitui a alegria para
aquele casamento. Isso serve para confiarmos na intervenção de Jesus, a pedido
de Maria, em nossa família, principalmente, quando nossa família deixa de ser
Igreja, um santuário da vida e das relações humanas e cristãs.
Todos
– O rei não se salva pelo exército numeroso, o valente não se livra pela sua
grande força. Para salvar, o cavalo é ilusão, seu vigor todo não ajuda a
escapar. (Sl (32,16-17)
Esposos
– A família, célula da sociedade, é, por desejo de Deus, chamada a ser uma
célula eclesial, uma Igreja doméstica, uma Igreja Lar, uma casa que se torna
uma pequena Igreja. É assim que a Igreja será uma grande família: se as
famílias forem realmente Igrejas; Igrejas vivas, atuantes no amor comunhão,
celebrando e cultivando a vida, acolhendo o mistério da Trindade-Comunidade,
para irradiá-lo no testemunho da pessoa humilde e de coração generoso.
Todos
– O Senhor cuida daqueles que o temem, daqueles que esperam por Teu amor, para
livrar da morte a vida deles, e no tempo da fome fazê-los viver. (Sl (32,18-19)
Filhos
– A espiritualidade cristã acontece no clima da família Igreja doméstica. As
famílias alimentam e reencontram um modo de se vincularem a Deus. Na Igreja
doméstica se reza, se ouve a Palavra, se fala do Evangelho, se vive até o fim o
sinal da presença do Senhor no sacramento do matrimônio.
Todos
– Quanto a nós, esperamos pelo Senhor. Ele é o nosso auxílio e o nosso escudo. (Sl (32,20)
Pais e filhos
– A família, Igreja doméstica, tem uma liturgia doméstica, prestando culto a
Deus em casa, pela Palavra; oferta as relações domésticas de amor e perdão;
segue os passos do Mestre que ilumina os caminhos da vida do casal e dos
filhos. É no viver cotidiano da Igreja doméstica que se desenvolve a
espiritualidade cristã na família, no modo peculiar de se relacionar com Deus.
Todos
– Nesse se alegra o nosso coração, no Teu Nome santo confiamos. Senhor, esteja
sobre nós o teu amor, como está em ti a nossa esperança. (Sl (32,21-22)
Avós e netos
– É no dia a dia que a família, Igreja doméstica, se aprofunda no amor de Deus
entre os seus membros, e procura pôr em prática o plano de amor que Deus lhe
confiou. As ações corriqueiras de cada dia são manifestações da espiritualidade
cristã na família, não apenas para aqueles momentos em que a família se une
para rezar. Mas também nas coisas pequenas e simples que geram felicidade: um
agrado, um sorriso, palavras de ânimo e reconhecimento, carinho, atenção,
refeições tomadas juntas, companheirismo e amizade, gestos de perdão e
reconciliação, entre outros.
Todos
– A dignidade e a responsabilidade da família cristã, como Igreja doméstica, só
podem, pois, ser vividas com a ajuda incessante de Deus, que não faltará, se
implorada com humildade e confiança na oração. (FC, 59)
Prática
espiritual em casa – Santuário Doméstico
- Organizar em um lugar permanente da
casa um santuário para a prática espiritual. Colocar uma mesinha, com toalha,
velas e imagem da Sagrada Família e o santo de devoção de cada membro da
Família. Diante desse Santuário doméstico, reunir a família e rezar um Pai
Nosso por intenção de cada membro dessa família.
O MAGISTÉRIO
NOS ORIENTA
– A oração familiar tem como conteúdo original
a própria vida de família que, em todas as suas diversas fases, é interpretada como vocação de Deus e
atuada como resposta filial ao seu apelo: alegrias e dores, esperanças e
tristezas, nascimento e festas de anos, aniversários de núpcias dos pais,
partidas, ausências e regressos, escolhas importantes e decisivas, a morte de
pessoas queridas, entre outras, assinalam
a intervenção do amor de Deus, na história da família, assim como devem
marcar o momento favorável para a ação de graças, para a impetração, para o
abandono confiante da família ao Pai comum, que está nos céus. A dignidade e a
responsabilidade da família cristã como Igreja doméstica só podem pois ser
vividas com a ajuda incessante de Deus, que não faltará, se implorada com
humildade e confiança na oração. (FC, 59)
SANTIDADE EM
FAMÍLIA
Inguscio Marcello (1934-1996)
e Anna Maria Ritter (1938-1986)
Eram italianos. Ambos eram músicos,
Marcello e Anna Maria se encontram pela primeira vez no Conservatório de
Messina. Vieram a se encontrar, novamente, nos lugares pobres da Catania,
cuidando dos necessitados. Eles percebiam que foram feitos um para o outro,
rezavam juntos e realizavam trabalhos voluntários. Mas algo os divide: ele era
católico e ela protestante. Entretanto isso não impediu que Anna pudesse
iniciar sua vida na Igreja Católica, enamorando-se da Eucaristia. Eles casam-se
em 06/08/1968. Na recepção do casamento estavam presentes, como convidados,
trinta doentes pobres.
Marcello circulava pela cidade montado
numa motocicleta velha e tinha na cintura um molho de chaves das casas dos
doentes a quem dava assistência. Muitos doentes e pobres ainda hoje, são gratos
a Marcello e Anna Maria, que os ajudaram a ter confiança em si mesmos e por se
sentirem amados e respeitados como seres humanos. A sala de estar da casa
tornou-se imediatamente o lar de uma das principais comunidades eclesiais de
base promovidas pela Igreja missão-mundo, cujo casal era o principal
responsável.
As duas filhas, lúcia e Maria, cresceram
considerando normal a presença de doentes e pobres. Quando foram crescendo, as
meninas começaram a perceber que a família delas tinha “algo de especial”, domo
dizia Lúcia. A fé na família também foi forte quando tiveram que enfrentar a
doença de Anna, um tumor que a levou a preparar-se para a “festa na outra
vida”. Dez anos mais tarde Marcello morre de infarto. O processo de
beatificação do casal foi aberto dia 09/11/2001 na Catedral da Catania/Itália.
PARTILHAR
Comentar Em
nossos dias, num mundo que se tornou estranho e até hostil à fé, as famílias -
Igrejas domésticas – são redutos de vida cristã num mundo incrédulo; são de
importância primordial, porque são lares de fé, esperança e caridade, vivas e
irradiantes, fortalecidas na espiritualidade cristã. A família cristã é o
primeiro lugar da educação para a oração, é nela que os pais são para os
filhos, pela palavra e pelo exemplo, os primeiros mestres da fé.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, a futura evangelização
depende, em grande medida, da família Igreja doméstica. Mais ainda, a família é
o coração da Nova Evangelização (Evangelium
Vitae (EV, 92). Queremos que nossa família realize “sua missão de anunciar
o Evangelho, principalmente por meio da educação dos filhos” (EV, 92), e para isso precisamos de Sua
graça. Dai-nos a constância na vivências das virtudes domésticas para que a
missão evangelizadora da família, enraizada no Batismo e portadora de uma nova
forma com a graça sacramental do matrimônio, seja, de fato, construtora da
civilização do amor. Por Cristo nosso Senhor. Amém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário