I – Acolhida
Queridos irmãos e irmãs, sejam todos bem-vindos
ao nosso quarto encontro. Saudemo-nos uns aos outros.
II – Oração inicial
III – Canto de aclamação da
Palavra
IV – Deus nos fala – Gn 1, 27-28, Lc 2, 39-40
E Deus criou o homem à sua imagem; à
imagem de Deus ele o criou; e os criou homem e mulher. E Deus os abençoou e
lhes disse: "Sejam fecundos, multipliquem-se, encham a terra; dominem os
peixes do mar, as aves do céu e todos os seres vivos que rastejam sobre a terra”.
Quando acabaram de cumprir todas as
coisas, conforme a lei do Senhor, voltaram para Nazaré, sua cidade, que ficava
na Galiléia. O menino crescia e ficava forte, cheio de sabedoria. E a graça de
Deus estava com ele. Ϯ Palavra da Salvação.
V – A Palavra de Deus orienta
nossa vida
D – Pelo amor de Deus e pelo seu desígnio vamos
contemplar, no princípio criador, o nascimento da família. Homem e mulher são
chamados, então, a viver e a construir a vida e a posteridade nas dimensões unitiva
e procriativa, contribuindo para a construção do Reino de Deus, aqui na terra.
L 1 – Assim, o casal é chamado a construir sua família e
viver a vida como reflexo da união trinitária. A mesma união que existe na
Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Pela vida matrimonial devemos
estar abertos à vocação de sermos família e à fecundidade, para a construção do
reino de Deus e para a construção do futuro da humanidade.
L 2 – O evangelista Lucas nos relata um trecho do período
da infância de Jesus que muito contribui para o entendimento do Seu
crescimento, em graça, estatura e sabedoria. No seio da família de Nazaré a
graça superabundava, exatamente pela humildade e pelo cumprimento da Lei do
Senhor, que desde a tenra idade era transmitida para Jesus, elos seus pais. Sob
a égide de Deus e sob os cuidados de Maria e de José, a Família de Nazaré
construía assim o futuro. Todo o aprendizado e crescimento de Jesus passa pela
Família de Nazaré.
D – Desta forma, o casamento deve ser fecundo e aberto
às novas vidas. As crianças modelam o futuro. Sem as crianças não pode haver
futuro. Crianças criadas com amor e orientação são a base para um futuro de
amor. As famílias são igrejas domésticas, lugares no qual os pais auxiliam os
filhos a descobrirem que Deus os ama e tem um plano para a vida de cada um.
L 1 – Por outro lado, o casamento é uma resposta à
possibilidade da procriação entre homens e mulheres e torna fiel a força da
aliança de Deus, bem como a sua comunhão trina com o Pai, o Filho e o Espírito
Santo, disponível ao esposo e à esposa. Disso deduzimos que o casamento deve
incluir amor, lealdade e compromisso. Quando os cônjuges tornam-se pais, a
dinâmica interna da criação de Deus e o Sacramento do Matrimônio aparecem de
forma bonita e particularmente clara.
L 2 – De acordo com as palavras de Santo Agostinho, o
amor sexual entre um homem e uma mulher “é a sementeira, por assim dizer, de
uma cidade”, e ele não tem em mente não só a cidade terrena ou a sociedade
civil, mas também a cidade celestial, onde a Igreja chegará à plenitude.
VI – Canto
VII – Escuta do Magistério
“O amor de Jesus faz fecunda a Igreja com
novos filhos, pelo Batismo, e a Igreja cresce com esta fecundidade nupcial”. (Papa Francisco, Homília 02 de junho de
2015). “Da união conjugal entre homem e mulher origina-se a família, na
qual nascem novos cidadãos da sociedade humana, os quais, para perpetuar o Povo
de Deus, através dos tempos, se tornam filhos de Deus pela graça do Espírito
Santo, no Batismo”. (Lumen gentium, n.
11).
O dever de educar mergulha as raízes na
vocação primordial dos cônjuges à participação na obra criadora de Deus:
gerando no amor e por amor uma nova pessoa, que traz em si a vocação ao
crescimento e ao desenvolvimento, os pais assumem por isso mesmo o dever de a
ajudar eficazmente a viver uma vida plenamente humana (Familiaris consortio, n. 36)
O direito-dever educativo dos pais
qualifica-se como essencial, ligado como está à transmissão da vida humana;
como original e primário, em relação ao dever de educar dos outros, pela
unicidade da relação de amor que subsiste entre pais e filhos; como
insubstituível e inalienável, e portanto, não delegável totalmente a outros ou
por outros usurpável (Familiaris consortio, n.36).
Adotar uma criança é uma grande obra de
amor. Quando ela se realiza, dá-se muito, mas também se recebe muito. É uma
verdadeira troca de bens. O nosso tempo conhece, infelizmente, também neste
âmbito, não poucas contradições. Perante muitas crianças que, pela morte ou a
inabilidade dos pais, ficam sem família, há muitos casais que decidem viver sem
filhos por dificuldades econômicas, sociais ou burocráticas. Outros ainda,
desejosos de ter um filho “próprio” custe o que custar, vão muito além da
legítima ajuda que a ciência médica pode assegurar à procriação, utilizando
práticas moralmente repreensíveis. Diante dessas tendências, é preciso
reafirmar que as indicações da lei moral não se resolvem com princípios
abstratos, mas tutelam o verdadeiro bem do homem, e neste caso o bem da
criança, em relação aos interesses dos próprios pais. (Papa João Paulo II, Discurso “Encontro das famílias adotivas
organizado pelas Missionárias da Caridade” – 5 de setembro de 2000).
Estes casamentos que não desejam filhos,
que querem ficar sem fecundidade. Esta cultura do bem estar de dez anos atrás
nos convenceu: É melhor não ter filhos! É melhor! Assim tu podes conhecer o
mundo, em férias, pode ter uma casa de campo, ficar tranquilo... Mas é melhor talvez
– mais cômodo – ter um cãozinho, dois gatos, e o amor se dirige aos dois gatos
e ao cãozinho. É verdade ou não? E por fim este casamento chega à velhice na
solidão, com a amargura de uma solidão difícil. Não é fecundo, não faz aquilo
que Jesus faz com sua Igreja: torna-a fecunda. (Papa Francisco, Homília, 02 de junho de 2014).
VIII – Questões para partilha
1.
Desde o princípio, Deus estabeleceu a família como uma comunidade de amor e de
vida. Fale um pouco sobre isso?
2.
Aprendemos a tornar sagrada a nossa rotina da vida familiar, de modo que possa
contribuir com a formação dos filhos para a construção de um futuro promissor?
3.
O que representam os nossos filhos para nós, para a sociedade e para o mundo?
IX – Compromisso
Ajudar, na medida de nossas
possibilidades, a conscientizar os jovens para a vocação de transmitir a vida
biológica e a vida de fé.
X – Canto final
XI –
Oração final
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