quarta-feira, 7 de outubro de 2015

HV 2015 - VIRAGEM CULTURAL - 7º Encontro





Sugere-se preparar o ambiente com uma mescla de símbolos religiosos, civis e culturais, por exemplo: Bíblia, crucifixo, imagens de santos; Constituição, bandeira do Brasil; instrumentos musicais; quadros ou esculturas, artigos esportivos, etc.

I Acolhida
D – Queridos irmãos e irmãs, sejam todos bem-vindos ao nosso sétimo encontro. Saudemo-nos uns aos outros.
II - Oração inicial
     Ó Pai, alegria e esperança de vosso povo,/ vós conduzis a Igreja, servidora da vida, nos caminhos da história.
     A exemplo de Jesus Cristo/ e ouvindo sua palavra/ que chama à conversão,/ seja vossa Igreja testemunha de/ fraternidade/ e de liberdade, de justiça e de paz.
     Enviai o vosso Espírito da verdade/ para que a sociedade se abra/ à aurora de um mundo justo e solidário,/ sinal do Reino que há de vir./ Por Cristo Senhor nosso. Amém!
Canto de aclamação da Palavra – No Evangelho da Vida (CNBB)
No Evangelho da vida, que nos traz a Salvação/ Jesus Cristo nos convida e nos guia na missão. (bis)
III – Deus nos fala – Ef 5, 6-10  // At 5,29
IV – A Palavra de Deus orienta nossa vida
L 1 – Deus nos chama a ser luz em meio às trevas, e nos dá sua graça para que possamos iluminar com a sua Palavra. Por vezes o ambiente em que vivemos, os costumes da nossa sociedade, os pensamentos difundidos pela mídia ou mesmo algumas leis do país nos colocam diante do que São João Paulo II chamou “cultura da morte”. Isso não nos deve desanimar, mas aumentar a nossa responsabilidade de difundir a “cultura da vida”.
T Que a luz de Deus em nós nos torne portadores de bondade, justiça e verdade.
L 2 – Mas como podemos resistir à cultura da morte e procurar o que é agradável a Deus?
T Será que podemos influir no ambiente e na cultura.
L 1 – Esse é desabafo que nos faz o São João Paulo II na Evangelium vitae, que possamos ser luz que contribui para uma verdadeira “viragem cultural”, pois o Evangelho pode inspirar de dentro todas as culturas. Não existe uma única “cultura cristã”, mas todas as culturas podem ser enriquecidas pelos valores do Evangelho, reconhecendo a dignidade de toda vida humana.
L 2 – Então, se a sociedade se afasta de Deus, e dos valores que Ele ensina, o que podemos fazer?
L 1 – Ficar reclamando é que não adianta. Temos que compreender a todos, respeitar a todos, mas isso não quer dizer concordar com eles, se estão longe de Deus. Às vezes teremos até mesmo que resistir à autoridade, dizendo como São Pedro que “importa obedecer antes a Deus do que aos homens”.
T E podemos ser luz e fermento para mudar a cultura?
L 2 – Para isso, posso começar em casa, vivendo os valores cristãos, educando bem os filhos e ajudando os familiares para que também vivam o Evangelho da Vida. Na minha comunidade, na minha paróquia, posso contribuir a que todos que sejam cristãos coerentes. Se nos amarmos de verdade, seremos luz para o mundo.
L 1 – Hoje, nas sociedades democráticas, podemos também influir nas leis. Elegemos os nossos representantes na Câmara Municipal, na Câmara Estadual e no Congresso Nacional. O bom cristão deve ser também um bom cidadão, que não pode se despreocupar do bem comum.
T Que a luz de Deus em nós nos torne portadores de bondade, justiça e verdade.
Canto:
Eu vim para que todos tenham vida,/ que todos tenham vida plenamente.
1. Reconstrói a tua vida em comunhão com teu Senhor,/ reconstrói a tua vida em comunhão com teu irmão./  Onde está o teu irmão, eu estou presente nele.
2. Salvará a sua vida quem a perde, quem a doa./ Eu não deixo perecer nenhum daqueles que são meus./ Onde salvas teu irmão, tu me estás salvando nele.
V – Escuta do magistério
– O ser humano está sempre culturalmente situado: “natureza e cultura encontram-se intimamente ligadas”. A graça supõe a cultura, e o dom de Deus encarna-se na cultura de quem o recebe (Evangelii gaudium, 115).
     Na cultura dominante, ocupa o primeiro lugar aquilo que é exterior, imediato, visível, rápido, superficial, provisório. O real cede o lugar à aparência (Evangelii gaudiium, 62).
     No contexto social de hoje, marcado por uma luta dramática entre a “cultura da vida” e a “cultura da morte”, importa maturar um forte sentido crítico, capaz de discernir os verdadeiros valores e as autênticas exigências. Urge uma mobilização geral das consciências e um esforço ético comum, para se atuar uma grande estratégia a favor da vida. Todos juntos devemos construir uma nova cultura da vida (cf. Evangelium vitae, 95).
     O primeiro e fundamental passo para realizar esta viragem cultural consiste na formação da consciência moral acerca do valor incomensurável e inviolável de cada vida humana (cf. Evangelium vitae).
     A viragem cultural exige de todos a coragem de assumir um novo estilo de vida que se exprime colocando, no fundamento das decisões concretas, uma justa escala de valores: o primado do ser sobre o ter, da pessoa sobre as coisas (cf. Evangelium vitae, 98).
     Importa retomar os elementos fundamentais da visão das relações entre lei civil e lei moral, tal como os propõe a Igreja, mas que fazem parte também do patrimônio das grandes tradições jurídicas da humanidade (cf. Evangelium vitae, 71).
     O aborto e a eutanásia são crimes que nenhuma lei humana pode pretender legitimar. Leis deste tipo não só não criam obrigação alguma para a consciência, como, ao contrário, geram uma grave e precisa obrigação de opor-se a elas através da objeção de consciência. Desde os princípios da Igreja, a pregação apostólica inculcou nos cristãos o dever de obedecer às autoridades públicas legitimamente constituídas (cf. Rm 13, 1-7; Pd 2, 13-14), mas, ao mesmo tempo, advertiu firmemente que “importa mais obedecer a Deus do que aos homens” (At5, 29) (cf. Evangelium vitae, 73).
     Neste grande esforço por uma nova cultura da vida, somos sustentados e fortalecidos pela confiança de quem sabe que o Evangelho da vida, como o Reino de Deus, cresce e dá frutos abundantes (cf. Mc 4, 26-29). Nós sabemos que podemos confiar na ajuda de Deus, para quem nada é impossível. Encontremos novamente a humildade e a coragem de orar e jejuar, para conseguir que a força que vem do Alto faça ruir os muros de enganos e mentiras que escondem, aos olhos de muitos dos nossos irmãos e irmãs, a natureza perversa de comportamentos e de leis contrárias à vida, e abra os seus corações e propósitos e desígnios inspirados na civilização da vida e do amor. (cf. Mt 19, 26) ( cf. Evangelium vitae, 100).
VI – Questões para partilha
1 Há algum costume na nossa comunidade que não esteja de acordo com os valores cristãos? O que podemos fazer para modificar isso?
2 Como podemos colaborar para que a legislação brasileira esteja de acordo com a lei moral?
3 – Como podemos incentivar na nossa comunidade “a humildade e a coragem de orar e jejuar ... para que haja uma civilização da vida e do amor”?
VII – Compromisso
– Examinar em que aspectos cada um pode assumir um novo estilo de vida, com o primado do ser sobre o ter, das pessoas sobre as coisas.
 VIII – Oração conclusiva da Evangelii gaudium
     Virgem e Mãe Maria,/ Vós que, movida pelo Espírito,/ acolhestes o Verbo da vida/ na profundidade da vossa fé humilde,/ totalmente entregue ao Eterno,/ ajudai-nos a dizer o nosso “sim”/ perante a urgência, mais imperiosa do que nunca,/ de fazer ressoar a Boa Nova de Jesus.
     Vós, cheia da presença de Cristo,/ levastes a alegria a João o Batista,/ fazendo-o exultar no seio de sua mãe./ Vós, estremecendo de alegria,/ cantastes as maravilhas do Senhor./ Vós, que permanecestes firme diante da Cruz/ com uma fé inabalável,/ e recebestes a jubilosa consolação da ressurreição,/ reunistes os discípulos à espera do Espírito/ para que nascesse a Igreja evangelizadora.
     Alcançai-nos agora um novo ardor de ressuscitados/ para levar a todos o Evangelho da vida/ que vence a morte./ Dai-nos a santa ousadia de buscar novos caminhos/ para que chegue a todos/ o dom da beleza que não se apaga.
     Vós, Virgem da escuta e da contemplação,/ Mãe do amor, esposa das núpcias eternas/ intercedei pela Igreja, da qual sois o ícone puríssimo,/ para que ela nunca se feche nem se detenha/ na sua paixão por instaurar o Reino.
     Estrela da nova evangelização,/ ajudai-nos a refulgir com o testemunho da comunhão,/ do serviço, da fé ardente e generosa,/ da justiça e do amor aos pobres,/ para que a alegria do Evangelho/ chegue até aos confins da terra/ e nenhuma periferia fique privada da sua luz.
     Mãe do Evangelho vivente,/ manancial de alegria para os pequeninos,/ rogai por nós./ Amém. Aleluia!
.Canto – A tempestade vai passar (Pe. Reginaldo Manzotti)
Como é bom estar aqui/ Em meio a tantas provações/ Saber que posso confiar/ Em meu senhor/ E acreditar/ Que ele nunca faltará.

A tempestade vai passar/ Por sobre as ondas confiante andarei/ Tribulações, vencerei/ As aflições superarei/ Deus provê/ Eu sei que proverá
(bis)

Nesse bravo mar da vida/ Ventos vêm me atormentar/ Nesta rocha firme e forte/ Que é meu Deus/ Não temerei/ Nele posso confiar.

A tempestade vai passar......
(bis)

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