Nós brasileiros festejamos
hoje Maria, com o título de Nossa Senhora Aparecida. Entendemos e temos Maria
como ícone de nossas famílias. É mais um dia que lembramos da mãe de Jesus, que
aos pés da cruz, foi entregue pelo próprio Jesus como mãe de toda humanidade:
“mulher, eis o teu filho, depois olhou para o discípulo e lhe disse: eis aí a
tua mãe” (Jo 19, 26-27). A Igreja, no
decorrer da história reconheceu que Maria é a mãe de Deus por ter gerado Cristo
em seu ventre. Dessa forma se enfatiza os méritos de Jesus, que sem deixar de
ser verdadeiro homem, é também verdadeiro Deus.
Hoje mais uma vez, voltamos nossa atenção
para a figura de Maria mãe e aprendamos dela as atitudes para
serem seguidas por nossas famílias, pois acreditamos que nas famílias cristãs
as atitudes marianas se tornam meios eficazes para vivermos coerentes com a
nossa fé que valoriza a vida como dom pleno do Pai.
E entre tantas atitudes marianas vistas e
que podemos contemplar e seguir, citamos a disponibilidade de estar a serviço:
“Eis aqui a serva do Senhor”, a ajuda a outras famílias que precisam: “Eles não
tem mais vinho” (Jo 2,3), ou
mesmo a preocupação com o filho, “Olhe que seu pai e eu estávamos angustiados, á sua procura” (Lc 2, 48) . Gostaria de chamar a atenção para a fortaleza
de Maria como uma das atitudes mais desejadas e esperadas para as
famílias de nosso tempo.
Diante da cena da cruz, ao ver seu filho
se consumindo por amor, certamente Maria se sentia esmagada pela dor – mas
permaneceu em pé, não desfalece, é forte e nos inspira a fortaleza.
Maria sempre está pronta a carregar com o
filho todo o peso do sofrimento que lhe fora reservado. Ela compreende e
compartilha o sofrimento do filho. Se tivéssemos olhos espirituais com certeza
ao olhar para Jesus veríamos que junto dele está Maria.
A atitude de Maria diante da Cruz de
Cristo indica que é decisivo e importante permanecer em pé e acreditar na
vitória que virá, mesmo quando a realidade mais próxima é o sofrimento. Por
isso o nosso lugar como família cristã é permanecer com Maria junto à cruz de
Cristo como fiéis e amados discípulos.
Essa atitude de Maria também pode ser
alcançada por nós que, sentindo os sofrimentos dos nossos dias, nos inquietamos
e corremos o perigo de desanimar e desacreditar nas famílias. Com Maria,
aprendemos e nos motivamos a mantermo-nos em pé.
Que as forças marianas, sejam mais vividas
e testemunhadas nos lares católicos e cristãos, e que as contrariedades da vida
não sejam para nós sinais de aniquilamento e fim da família querida por Deus,
mas que sejam sinais de nossa semelhança com Maria que, no seu sentido mais
profundo soube viver as dores, confiando sempre que os projetos de Deus são
maiores que as dificuldades dos momentos difíceis.
Deus abençoe as
nossas famílias com a fortaleza mariana!
Adaptado de Diácono Rosinei Erasmo, colaborador
Diocesano para o Setor Família e Vida - Jaboticabal/SP
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